Haddad é condenado a pagar caro na Justiça após chamar Edir Macedo de charlatão

13/12/2018 às 13h22

Por: Lucas Medeiros
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Haddad e Edir Macedo (Foto: Reprodução)

Haddad e Edir Macedo (Foto: Reprodução)

Após perder as eleições presidenciais de 2018, Fernando Haddad acaba de ser condenado a pagar uma indenização ao bispo Edir Macedo, dono da Record, por chamá-lo de “charlatão”.

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Em uma entrevista, ele afirmou que Bolsonaro foi “representado pelo Paulo Guedes, que corta direitos trabalhistas e sociais, com o fundamentalismo charlatão do Edir Macedo”.

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Agora, o juiz Marco Antonio Botto Muscari condenou o político a pagar R$ 79.182 de indenização ao bispo. Ele, no entanto, afirma que irá recorrer da decisão.

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“O Edir é um líder que entrou no debate presidencial. Ele não pode se sentir ofendido por uma crítica política”, disse a defesa de Haddad à jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo.

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Haddad e Edir Macedo (Foto: Reprodução)

Haddad e Edir Macedo (Foto: Reprodução)

O líder da Igreja Universal do Reino de Deus apoiou o PT até o período em que Dilma Rousseff esteve no poder, mas mudou de lado nas últimas eleições presidenciais e acabou ficando do lado de Bolsonaro, que venceu a disputa.

O PROCESSO

Edir Macedo entrou com uma ação no Ministério Público Federal contra o candidato petista após ter sido chamado “fundamentalista charlatão, com fome de dinheiro”. O líder da IURD pede indenização de 83 salários mínimos. De acordo com informações do O Estado de São Paulo, os advogados do bispo fazem uma série de exigências.

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Pedem que o candidato “se abstenha, de imediato, de todo e qualquer ato ofensivo e inverídico ao bom nome, imagem, honra e reputação do autor (da ação), bem como atos que propagam a intolerância religiosa, especialmente por meio de entrevistas e publicações na Internet”.

O bispo Edir Macedo (Foto: Reprodução)

Além disso, exigem uma retratação e que alguns conteúdos presentes na web sejam removidos: “Remova do ar diretamente as publicações disponíveis por meio das URLs específicas […] por ele disponibilizadas, em que se verifica ofensa ao nome, imagem, honra e reputação do autor, bem como propagação da intolerância religiosa“.

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Sobre o pedido de desculpas: “se retrate formalmente perante o bispo, líderes e fiéis da Igreja Universal,  e internautas e telespectadores por meio de mensagem falada ou escrita, em suas páginas oficiais no Twitter e Facebook, […] bem como em jornal de grande circulação no país”.

Edir Macedo e Jair Bolsonaro (Foto: Divulgação)

Vale lembrar que em eleições anteriores Edir Macedo declarou apoio do Partido dos Trabalhadores. No entanto, neste ano o Bispo defende Bolsonaro. Em nota, Haddad declarou: “Convicto de que suas afirmações são verdadeiras e que os fatos e a história dos personagens envolvidos assim comprovam“.

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