O Banco Central identificou uma redução significativa da caderneta de poupança, onde a parcela dos sacadores visam outras aplicações mais rentáveis, como LCAs, CDBs e LCIs
Atualmente todos buscam cada vez mais praticidade. Ir ao banco, por exemplo, tem se tornando algo cada vez mais incomum, visto que as pessoas passaram a recorrer aos aplicativos. Mas, uma notícia envolvendo o Banco Central caiu como uma bomba, afinal atinge em cheio a conta poupança, um dos produtos mais populares do sistema financeiro.
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A notícia surpreendente entrou em discussão por conta de uma proposta do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Vale dizer que, a proposta chega com o intuito de unificar o acesso aos bancos pelo conceito chamado Open Finance. Esse modelo faz parte dos quatro blocos fundamentais da Agenda de Inovação do BC, juntamente com o Pix, a internacionalização da moeda e o Drex.
“O Open Finance vai fazer com que você consiga ter comparabilidade e portabilidade em tempo real. E se você tem comparabilidade e portabilidade em tempo real, você tem um sistema financeiro que é mais adaptável às pessoas, mais barato, mais transparente e, inclusive, mais competitivo”, destacou o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, durante sua participação na Comissões de Desenvolvimento Econômico; Finanças e Tributação, da Câmara dos Deputados.
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Dessa forma, a ideia é parar de usar aplicativos de bancos como Itaú, Bradesco, Caixa, BB e mais, em um prazo de 2 anos. Campos Neto destacou que o Open Finance colocará um sistema que permite o compartilhamento de informações financeiras, eliminando a necessidade dos usuários vincularem vários apps de diferentes bancos à tecnologia. Vale dizer que, a ideia é agregar todas as contas financeiras no mesmo lugar.
Ocorre que a conta poupança é o método de investimento mais requisitado pelos brasileiros, muito pela sua segurança. Porém, com as últimas mudanças, muitos ficam em dúvidas se realmente ainda vale a pena esse investimento. Pelo seu resgate imediato e prático, ainda se torna uma opção atrativa de investimento.
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Porém, de acordo com informações do portal G1, em nota divulgada em setembro de 2023, os saques da poupança em agosto de 2023 superaram os depósitos em R$ 10,1 bilhões. Na época, diante do que foi informado, no acumulado dos oito primeiros meses do ano citado, a saída de recursos da tradicional modalidade de investimentos somou R$ 80,3 bilhões, um número histórico que causa instabilidade nesse tipo de operação.
FIM DA CONTA POUPANÇA?
Desse modo, de acordo com o que foi informado pelo Banco Central, em seu comunicado, houve uma queda na comparação com o mesmo mês do ano de 2022, quando as saídas líquidas de recursos da poupança somaram R$ 22 bilhões. A pontuar, esse foi o maior valor registrado desde o início da série histórica do Banco Central, em 1995. Os valores da série não foram atualizados pela inflação, na época.
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Ou seja, é importante que aqueles que utilizam a conta poupança como forma de investimento, ainda em 2024, saibam que desde 2023 as retiradas vem superando os depósitos. Assim, é importante ficar atento sobre onde estamos aplicando o nosso dinheiro, afinal, quando a taxa Selic está em níveis menores, a rentabilidade da poupança acaba ficando abaixo da inflação, o que significa que o dinheiro aplicado perde poder de compra ao longo do tempo.
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Ailton Aquino, diretor de fiscalização do Banco Central, em entrevista ao jornal O Globo, afirmou que a fuga da poupança para aplicações mais rentáveis é uma realidade que deve se intensificar com o aumento da competição no sistema financeiro, sendo um importante alerta principalmente para quem tem mais de R$ 1 mil investidos na conta poupança.
“Há uma facilidade de deslocar recursos. Tem outro fator que vem se apresentando do Open Finance. Quando você compartilha seus dados e tem recursos na poupança, outro banco pode oferecer outras aplicações mais rentáveis”, afirmou o Ailton Aquino.
PARA QUE SERVE O BANCO CENTRAL?
O Bacen tem a função de assegurar a estabilidade econômica de um país, controlando a política monetária, regulando e supervisionando o sistema financeiro, e emitindo moeda. Ele busca garantir a estabilidade de preços e o pleno emprego, além de promover a eficiência e solidez do sistema financeiro.