INSS projeta novas medidas para benefícios e Renata Vasconcellos confirma situação no Jornal Nacional
A âncora Renata Vasconcellos paralisou a edição do Jornal Nacional, durante o início do mês de abril, para anunciar uma nova mudança no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que atingiu diretamente a idade mínima de aposentados.
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“Um estudo sobre as contas da previdência social constatou que em 10 anos o número de benefícios pagos pelo INSS cresceu 3 vezes mais do que o de contribuintes”, informou a jornalista.
Portanto, de acordo com telejornal, um economista e especialista em contas públicas, Rogério Nagamine, analisou as contribuições e pagamentos da previdência de 2012 a 2022 com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, do IBGE, levando em consideração quem fez ao menos uma contribuição ao ano.
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Enquanto o número de contribuintes para a previdência aumentou, em média, 0,7% ao ano, os pagamentos de benefícios como aposentadorias e auxílios saltaram três vezes mais: uma média de 2,2% ao ano.
Ou seja, as contribuições dos trabalhadores à previdência não acompanham a velocidade do pagamento de benefícios que crescem muito e em um ritmo mais rápido.
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O estudo mostrou que, da população economicamente ativa de 129 milhões de pessoas, mais de 70 milhões não contribuíram para a previdência.
Rogério Nagamine, que foi subsecretário do regime geral de Previdência Social no governo passado, afirmou que o envelhecimento da população brasileira tem desequilibrando o sistema.
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“Enquanto a população idosa, de 60 anos ou mais de idade, cresce a um ritmo de quase 4% ao ano, a população que é mais em idade de trabalhar, de 16 a 59 anos, cresce a um ritmo abaixo de 1% ao ano. Então, por essa questão demográfica, eu diria que estruturalmente é natural esperar que o ritmo de crescimento dos benefícios seja sempre muito superior ao dos contribuintes para a previdência. Isso vem acontecendo e isso deve continuar acontecendo nas próximas décadas”, diz Nagamine.
Desse modo, economistas avaliam que a última reforma da previdência, aprovada no Congresso em 2019, foi essencial para impedir um descontrole no sistema.
No entanto, ela não foi completa e a diferença entre o que entra e o que sai da previdência continua a preocupar, o que vai exigir novas reformas no futuro.
O gasto com a previdência é o maior do orçamento público. Leonardo Rolim, ex-presidente do INSS, afirmou que o sistema precisa de ajustes constantes, porque a longevidade da população está aumentando.
“A partir da segunda metade da década de 2030, esse envelhecimento da população vai ter reflexo em aumento substancial no déficit da previdência, então, na minha avaliação, no início da década de 30, a gente tem que voltar a discutir uma reforma da previdência. Na medida em que o sistema se mostra difícil de ser viável no futuro, ele tem que ser adequado, porque o que a gente precisa garantir é a proteção às pessoas idosas que não vão poder trabalhar no futuro ter a garantia de receber a sua aposentadoria justa pelo tempo que ele contribuiu ao longo da vida”, diz Rolim.
Quais são os benefícios que o INSS oferece?
Existem vários benefícios do INSS, sendo os principais: aposentadoria por idade, por tempo de contribuição, por invalidez, especial, rural, híbrida e do professor; pensão por morte; auxílio-acidente, doença, inclusão e reclusão; salário-maternidade; BPC para idosos e para pessoas com deficiência.