Igreja Universal corta R$120 milhões da verba de TV, cancela parcerias e ameaça grandes emissoras
03/09/2018 às 9h24
A Igreja Universal do Reino de Deus é o maior anunciante privado do país. A Igreja cortou cerca de 30% a 40% (R$120 milhões nos R$800 milhões, antes planejados em investimento de mídia tevisiva) de sua verba na compra de espaços em emissoras.
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Cortando parte desta verba, algumas emissoras, as pequenas, correm riscos de serem fechadas se perderem o dinheiro da Igreja de Edir. Na semana passada, a parceria da TV Gazeta com a igreja foi rompida, após 16 anos. Segundo o Notícias da TV, a Gazeta que recebia R$ 3 milhões por mês, não lidou bem com o corte de 40% e Edir findou a parceria.
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Outras negociações vem acontecendo com grandes emissoras. A Band, Rede TV! e o Canal 21 podem sofrer alguns cortes. De acordo com fontes do mercado, a IURD, em 2013, tentou cancelar a união com o Canal 21 para expulsar da emissora do Grupo Bandeirantes o Pastor Valdemiro Santiago, seu forte concorrente.
A igreja paga aproximadamente 10 milhões por mês para ocupar 21 horas da grade que dá um direcionamento na Grande São Paulo. Sendo um dos piores acordos da Universal, que só não foi rasgado por que a multa rescisória é inviável.
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A RedeTV! fatura cerca de R$ 70 milhões anuais transmitindo os telecultos da Universal e luta para se manter assim. Um corte de até 40% na Band, também comprometeria a emissora, justo nesse período de crise e que os governos são impedidos de anunciar suas candidaturas.
A Record está tranquila, pois a Igreja não irá cortar sua verba, no momento. Recebendo de investimento R$500 milhões anuais.
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Tantos cortes se dão em nome da crise e do desemprego. Sem emprego, os fiéis não são capazes de pagar o dízimo. Outro fator é que a Igreja está revendo suas estratégias e o novo bispo, genro de Edir, que é a favor da contenção dos gastos