Igrejas têm todo o direito de alugar espaço nas TVs

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“proibir que uma emissora venda horário para a Igreja é algo contra a lei de oferta e procura.”

A locação de espaço em TV é algo que acontece desde os anos 50 e é feita de diversas maneiras. Desde o momento em que um programa tinha o nome de uma empresa no título do programa, isso não deixava de ser uma locação de espaço.

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Foi Walter Clark quem acabou com a possibilidade, na Globo, de se anexar o nome do anunciante ao nome do programa. O último que fez isso foi o “Jornal Nacional” que, ao contrário do que muita gente pensa, o jornalístico não se chama “Jornal Nacional” por falar do Brasil. O “Jornal Nacional” recebeu essa denominação porque Magalhães Pinto, que era dono do Banco Nacional, foi um dos financiadores do Golpe de 64 e foi convocado a pagar a conta de um noticiário na Globo que pudesse ser a voz do Regime Militar disfarçado de jornalismo. Magalhães Pinto, então, aceitou pagar a conta desde que o nome do seu banco estivesse no nome do programa. Na verdade, portanto, era “Jornal do Banco Nacional”. O nome original seria “Jornal da Globo”, mas por determinação de Magalhães Pinto passou a se chamar “Jornal Nacional”. Roberto Marinho aceitou porque isso fazia parte da estratégia do Regime Militar, assim como a criação da rede Globo de TV, que também fez parte da base do Regime Militar.

Tanto na Record, quanto na TV Paulista e na Tupi, as locações de espaço, sendo de maneira direta ou indireta, sempre foram feitas e nada de mal tem nisso, pois faz parte do mercado e tudo que faz parte do mercado faz parte da sociedade. Se algo está fora das necessidades de mercado, o objeto é rejeitado pela sociedade. Querer impedir que uma emissora de TV alugue espaço para as Igrejas não tem o menor fundamento. A locação direta é uma maneira mais em conta de se negociar. Se alguém um dia criar uma lei impedindo tal ato, a emissora de TV vai e cria um programa de caráter religioso por conta própria, contrata, de maneira fantasiosa, toda a equipe de bispos para receberem salário da emissora e vende o espaço comercial de patrocínio para a Igreja e ainda tira nota fiscal.

Querer proibir que uma emissora venda horário para a Igreja é, além de um ato preconceituoso e fora de propósito, algo contra a lei de oferta e procura. Quem não deseja ver programa religioso muda de canal e vai ver desenho e novela.

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Texto: James Akel

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