Início de “Velho Chico” tem filho rejeitado, paixão de ‘irmãos’ e assassinato

Afrânio (Rodrigo Santoro), Doninha (Barbara Reis) e Encarnação (Selma Egrei) (Foto: Globo/Caiuá Franco)

Afrânio (Rodrigo Santoro), Doninha (Barbara Reis) e Encarnação (Selma Egrei) em cena de ‘Velho Chico’
(Foto: Globo/Caiuá Franco)

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As gravações de “Velho Chico”, próxima nova das nove, seguem movimentando o Nordeste do país. A equipe, que já passou pelo Rio Grande do Norte e Alagoas, está no interior da Bahia, onde grava cenas da primeira fase da história. A trama começa na fictícia Grotas de São Francisco, no final da década de 1960, e chega até os dias de hoje.

Tudo começa com o velho Coronel Jacinto (Tarcísio Meira), o patriarca, rico e ignorante, é dono de quase tudo em Grotas de São Francisco e comanda há muitas décadas a política e a economia local. Nem por isso deixa de cobiçar um pequeno, mas rico e fértil pedaço de terra de uma família vizinha, a fazenda Piatã, do Capitão Rosa (Rodrigo Lombardi). A disputa por esse pedaço de chão é o estopim para a guerra que acaba atravessando gerações.

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Encarnação (Selma Egrei) na nova novela das nove
(Foto: Globo/Caiuá Franco)

Jacinto é casado com Encarnação (Selma Egrei), a matriarca da família. Marcada pela dureza do tempo, ela carrega a sofreguidão de uma mulher que chora em silêncio a morte do primogênito, seu preferido, tragado pelas águas do Rio São Francisco em um dia de travessia perigosa. O único herdeiro do casal é Afrânio de Sá Ribeiro (Rodrigo Santoro/ Antonio Fagundes), que, amado pelo pai, mas preterido pela mãe, foi estudar em uma Salvador culturalmente efervescente, no final da década de 1960, e formou-se em Direito, mas vive às custas do dinheiro do pai. O jovem é apaixonado por Iolanda (Carol Castro/ Christiane Torloni), cantora dos bares de Salvador. Uma mulher sem amarras e à frente de seu tempo. Ela se apaixona perdidamente por Afrânio, vivendo um amor idílico no Solar da família dele.

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Com a morte súbita de Jacinto, Afrânio escolhe matar seu sonho de independência para se transformar na continuação do pai: o jovem Coronel Saruê.

A mando de Encarnação, o jovem coronel faz o percurso de reconhecimento dos parceiros de seu pai por toda a região nordestina. E, em uma dessas fazendas, o desejo lhe cega. Afrânio não resiste aos encantos de Leonor (Marina Nery), filha de Aracaçú (Carlos Betão), e se envolve com a menina. Ele não podia imaginar que aqueles momentos de desejo lhe renderiam um casamento à base do facão: casava ou morria.

A partir daí, Leonor passa a viver na fazenda da matriarca Encarnação, que a recebe como uma qualquer, rejeitando que uma mulher de classe mais baixa se casasse com seu filho e muito menos que essa mulher tivesse esperando um herdeiro dele. Porém nasce Maria Tereza (Isabella Aguiar/Julia Dallavia/Camila Pitanga), uma menina, para o assombro de Encarnação (Selma Egrei), que, em meio a um parto encruado, foi quem trouxe a neta ao mundo, espalhando a notícia de que nem para dar um filho varão Leonor prestava.

Capitão Rosa (Rodrigo Lombardi) em cena de ‘Velho Chico’
(Foto: Globo/Caiuá Franco)

De outro lado, os Rosa. Capitão Ernesto (Rodrigo Lombardi) é um homem de conduta honrosa, justa e com ideais humanistas. Casado com Eulália (Fabíula Nascimento), o casal não tem filhos, mas adota Luzia (Carla Fabiana/ Larissa Góes/Lucy Alves) que fora abandonada em suas terras, encontrada enrolada em panos pobres em meio à plantação de algodão. No mesmo momento, também acolhem da seca do sertão Belmiro (Chico Diaz) e Piedade (Cyria Coentro), o casal retirante que chega em Grotas com o filho, Santo (Rogerinho Costa/ Renato Góes/ Domingos Montagner), fragilizado pelos dias de caminhada atravessando o sol a pino do sertão.

Amamentadas pelo mesmo leite de Piedade, as duas crianças, Santo e Luzia, crescem juntas, como irmãos, apesar do amor de mulher que Luzia nutre por Santo e que cada dia cresce mais.

Com o tempo, mais do que funcionários, Belmiro e Piedade tornam-se membros da família e defensores dos ideais de igualdade e justiça social do capitão Ernesto Rosa.

Ignorando a discórdia entre as duas famílias, o destino trata de aproximar seus frutos. Foi em uma procissão de São Francisco de Assis que Santo e Maria Tereza, representando São José e Nossa Senhora, jogam-se nas águas do rio. Ali, Velho Chico cruza seus caminhos e passa a guiar essa história.

Descoberto o amor proibido entre Santo, o filho do retirante Belmiro, e Maria Tereza, a filha do maior coronel da região, Afrânio, é selada a interdição dos amantes. A família de Maria Tereza separa os dois trancando a jovem em um internato bem longe do seu amado, em Salvador. Com a passagem dos dias, apesar das várias cartas escritas por Maria Tereza, Santo não fica sabendo que teve um herdeiro com seu grande amor. As cartas foram interceptadas por sua irmã de leite Luzia, hoje mulher, morena, linda e faceira, mais apaixonada do que sempre por Santo.

Desse romance proibido entre Santo (Domingos Montagner) e Maria Tereza (Camila Pitanga) nasce Miguel (Gabriel Leone). Mas também enterra Belmiro, pai de Santo, assassinado pelas mãos de Cícero (Pablo Morais), empregado do coronel Afrânio (Antônio Fagundes).

Bastidor com Chico Diaz, que interpreta Belmiro em ‘Velho Chico’
(Foto: Globo/Caiuá Franco)

Logo a gravidez de Maria Tereza é descoberta no internato, de onde é retirada pelo próprio pai, e acaba voltando para as terras de sua família às margens do Rio São Francisco, onde viverá a sua grande saga de amor. E só esse amor, abençoado por Velho Chico, será capaz de mudar o rumo desta história.

“Velho Chico” é uma novela de Benedito Ruy Barbosa, escrita por Edmara Barbosa e Bruno Barbosa, com direção de Luiz Fernando Carvalho.

Autor(a):

Formado em jornalismo, foi um dos principais jornalistas do TV Foco, no qual permaneci por longos anos cobrindo celebridades, TV, análises e tudo que rola no mundo da TV. Amo me apaixonar e acompanhar tudo que rola dentro e fora da telinha e levar ao público tudo em detalhes com bastante credibilidade e forte apuração jornalística.

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