Nova novela das seis da Globo, Orgulho e Paixão, inspirada em obras da escritora inglesa Jane Austen, traz mulheres poderosas. Numa época em que a vida determinava quem você deveria ser, elas ousaram ser elas mesmas. A mocinha, Elisabeta (Nathalia Dill), por exemplo, é emponderada e não se imagina casada.
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Em uma sociedade onde o casamento é visto como o único futuro possível para uma jovem de boa família, Ofélia Benedito (Vera Holtz) tem muitos motivos para se preocupar. Na verdade, cinco: Elisabeta (Nathalia Dill), Mariana (Chandelly Braz), Jane (Pamela Tomé), Cecília (Anaju Dorigon), e Lídia (Bruna Griphão). Apesar da reprovação do marido, Felisberto Benedito (Tato Gabus Mendes), a matriarca é capaz de fazer malabarismos e trapalhadas na busca de um bom partido para suas filhas. Quem não se encaixa nos padrões impostos pela mãe é Elisabeta. A jovem libertária e cheia de sonhos tem uma ousadia natural, que pode encantar ou afastar um possível pretendente. Seu comportamento é totalmente desaprovado por Ema Cavalcante (Agatha Moreira), que apesar de ser bem diferente de Elisabeta, é sua melhor amiga. Moça de família tradicional, Ema é neta do Barão de Ouro Verde (Ary Fontoura), e casamenteira oficial do fictício Vale do Café, vilarejo no interior de São Paulo.
Desejando conquistar o mundo, Elisabeta entra em conflito consigo mesma ao conhecer Darcy (Thiago Lacerda), um homem de caráter admirável e com posição social totalmente oposta a sua. Rico e aristocrata, ele desperta nela uma paixão arrebatadora, que a faz temer seu próprio destino, já que não se imagina casada, como todas as mulheres de sua época. Darcy, por sua vez, se vê desafiado por uma interiorana e sua forte presença, que o faz questionar seus preceitos tradicionalistas. O curso do relacionamento de Elizabeta e Darcy poderá ser decidido quando ele superar seu orgulho e ela se deixar levar pela paixão.
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As mulheres Benedito e os preparativos para um grande evento
Ofélia (Vera Holtz), a matriarca da família, tem mais do que um desejo em casar suas filhas. Ela é obcecada pela ideia de conseguir bons pretendentes a qualquer custo. Seus dias de angústia parecem que estão chegando ao fim quando Ema Cavalcante (Agatha Moreira), neta do homem mais rico do Vale e melhor amiga de sua filha Elisabeta (Nathalia Dill), bate à sua porta para anunciar que dará um grande baile com a presença de todos os rapazes solteiros e elegíveis ao casamento da região.
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Diante do verdadeiro furor que seu anúncio propaga na casa dos Benedito, Ema, a “casamenteira oficial do Vale do Café”, detalha que o baile é a fantasia. O traje solicitado no evento é bem específico: roupas típicas da época do Segundo Império, do reinado de Pedro II, o mais sábio de todos os governantes como gosta de dizer seu avô, o Barão de Ouro Verde, Afrânio (Ary Fontoura). Afinal, foi o Imperador quem deu o título de nobreza a sua família!
Ema mal acaba de anunciar a festa e Ofélia já pensa mil planos para conseguir futuros maridos para suas filhas durante esta oportunidade única. A matriarca começa, então, a se gabar de suas meninas, elencando as qualidades e virtudes de cada uma.
A mais velha das Benedito é também a mais bonita. Jane (Pamela Tomé) é doce, tímida e introvertida. Quando cai de amores por alguém, é incapaz de manifestar suas paixões. Em contraste, temos Mariana (Chandelly Braz). Uma moça aventureira e romântica, que não quer saber de casamento arranjado. A bela sonha em se encantar radicalmente pelo par ideal e se casar por amor.
Já Cecília (Anaju Dorigon) é uma jovem que vive no mundo da imaginação e da literatura. Ela é a mais caseira da família e está sempre cercada de livros. Prefere viver no mundo da fantasia e dos mistérios e adora criar teorias para tudo, o que deixa Ofélia sem paciência. Se o seu pretendente entrar no universo encantado de Cecília, é fato que ela irá se deixar levar pela paixão.
O xodó da mamãe é a caçula Lídia (Bruna Griphão). A moça é a mais perua, frívola e mimada das cinco irmãs. Sempre atrás de um pretendente, vive cometendo excessos, tanto na maquiagem quanto na vestimenta, sem falar da sua atitude extrovertida e despachada.
Ao traçar seus planos, Ofélia quase não considera Elisabeta (Nathalia Dill), por ser a filha que mais contraria suas vontades. Enquanto a matriarca das Benedito idealiza um futuro perfeito em que o casamento é o ápice da vida de suas filhas, Elisabeta vai na contramão: sonha em romper as fronteiras do Vale do Café em busca do seu lugar no mundo. Dona de uma personalidade única e marcante, Elisabeta tem o espírito livre!
Ema e Elisabeta: a força da amizade
Dia e noite. Assim podemos definir com clareza a diferença de temperamento das amigas. Ema Cavalcante (Agatha Moreira) é uma jovem cheia de si, culta, que estudou nos melhores internatos no Rio de Janeiro e preserva uma sutil confiança de seu status social, de sua nobreza. No entanto, seu bom coração e elegância a impedem de ostentar tudo isso. Essa humildade é o ponto de encontro entre ela e Elisabeta (Nathalia Dill), que vem de um mundo totalmente oposto a todos esses luxos e riquezas. Desta forma, Elisabeta e Ema nutrem uma profunda admiração uma pela outra, e se completam.
Seu instinto casamenteiro tenta guiar Elisabeta, mas a própria Ema parece não pensar em ninguém para si mesma. Isso porque, na verdade, ela já encontrou. Só não consegue enxergar. Seu grande amigo e conselheiro, Jorge (Murilo Rosa), apesar de mais velho, é o homem que ama. Mas ela só vai perceber isso quando talvez for tarde demais.
Se Ema planeja o matrimônio perfeito, Elisabeta sonha em trabalhar e ganhar a própria vida. Enquanto a amiga se contenta com seus trajes simples e confortáveis, Ema prefere roupas caras das grandes casas de costura europeias. A diferença entre as duas traz força para essa amizade, o que a faz especial e única. Justamente por serem tão opostas, Ema nunca encontrará uma amiga tão capaz de enxergar seus maiores medos, anseios e sonhos. Assim como Elisabeta jamais terá em outra confidente uma parceira tão leal, capaz de, mesmo discordando de seus ideais, lutar por eles ao seu lado.
Os opostos se atraem
A chegada de dois rapazes solteiros e ricos à fictícia Vale do Café é uma das grandes razões que motivam Ema (Agatha Moreira) a oferecer este grande baile. Estamos falando de Darcy Williamson (Thiago Lacerda) e Camillo Bittencourt (Maurício Destri). A inocente neta do Barão de Ouro Verde nem imagina que eles vieram tirar a paz do seu avô, e comprar-lhe o seu bem mais valioso: suas terras.
Darcy é um homem imponente, com traços tão marcantes quanto sua personalidade. Nascido no Brasil, ele é filho de um industrial inglês que, ainda no Império, veio implantar as estradas de ferro no país. Ele é sócio da mãe de Camilo, Julieta Bittencourt (Gabriela Duarte), uma mulher amargurada por conta dos caminhos tortuosos que a vida lhe impôs, porém de muito sucesso nos negócios. A partir da morte do marido, que não lhe deixou nada além de muitas dívidas, ela ergueu um verdadeiro império com as próprias mãos. Julieta tem muitas lavouras e propriedades, o que lhe rendeu o apelido de Rainha do Café. Ao comprar fazendas à beira da falência, ela aumenta cada vez mais seu patrimônio. Para escoar a produção da matéria-prima de suas propriedades, ela conta com a expertise de Darcy, que constrói ferrovias, tornando essa parceria bem rentável para ambos. Almejando despertar no filho o interesse pelos negócios, ela incentiva que Camilo siga os passos de Darcy em suas jornadas em busca de novos negócios, o que os trazem diretamente para o Vale do Café. Com o carinho e amizade de um irmão mais velho, Darcy cuida para que Camilo, um jovem de personalidade doce e amável, saia dos domínios de sua mãe e possa assim conhecer seus próprios limites e vontades.
Assim que Darcy e Camilo chegam ao tão falado baile, Camilo se encanta pela beleza de Jane (Pamela Tomé) e a corteja a noite inteira. De outro lado, Darcy se sente incomodado e intrigado com a presença marcante de Elisabeta (Nathalia Dill). Em um duelo velado, os dois se testam em embates sinceros, deixando bem clara a personalidade de cada um. Esperando encontrar neste baile mulheres desinteressantes e tediosas, Darcy fica no mínimo surpreso com a presença tão vibrante desta jovem interiorana. Ela que nunca imaginou ter seus sentimentos aflorados por alguém aparentemente tradicional, aos poucos acaba se rendendo aos encantos deste charmoso e experiente homem.
Quem não gosta de ver essa chama se acender é Susana (Alessandra Negrini). Ela é o braço direito de Julieta Bittencourt, responsável por fazer o trabalho sujo em nome da Rainha do Café. Susana é dissimulada, manipuladora e sedutora, e, para completar, é uma mulher que ostenta uma beleza enigmática. E está determinada a buscar o que quer. No caso, um marido rico. Mais especificamente, Darcy.
Após o baile, Elisabeta e Darcy, entre encontros e desencontros, acabam se beijando e começam assim um relacionamento.
Encontros e desencontros do amor
Apesar de ser considerada a casamenteira oficial do vilarejo, Ema Cavalcanti (Agatha Moreira) consegue desembaraçar a vida de qualquer moça solteira, menos a dela própria. Cega pela sua determinação em arrumar casamentos, ela não consegue ver quando o amor bate à sua porta, ou melhor, conversa com ela todos os dias. Estamos falando de Jorge (Murilo Rosa), um experiente advogado, perfeito no papel de confidente e conselheiro dessa jovem mulher tão cheia de vida e inseguranças. Como é amigo de longa data da família dela, o advogado não tem coragem de revelar seus sentimentos. Temendo que ela o rejeite, e perca assim sua amizade, ele prefere silenciar esse amor, e se afasta, indo morar em São Paulo. Como diz o ditado, o que os olhos não veem o coração não sente.
São Paulo: um mundo novo de descobertas e armadilhas
Assim que Jorge deixa o Vale do Café, Ema sente um vazio tão grande que não consegue entender tal sentimento. Seria isso o amor que nunca fora despertado em seu coração? Para confirmar essa suspeita, ela precisa estar frente a frente com Jorge.
Jane (Pamela Tomé) e Elisabeta (Nathalia Dill) também estão com questões do coração pendentes. Vítimas das armações de Susana (Alessandra Negrini) para afastar Camilo (Maurício Destri) e Darcy (Thiago Lacerda) do Vale do Café, as irmãs Benedito decidem considerar a proposta de Ema para se aventurarem na capital. Elas, então, partem sob o pretexto de um simples passeio, quando na verdade estão em busca de respostas para suas vidas amorosas.
O tempo passa. Enquanto Ema e Jane pretendem voltar para o eixo de suas vidas no Vale do Café, a viagem a São Paulo faz Elisabeta perceber que a província é pequena demais para ela. Sonhadora e determinada, a jovem prefere se arriscar no mundo a levar uma vida limitada pelas expectativas pré-estabelecidas da sociedade. Ela quer mais! São Paulo conquista o coração da moça, mas ela logo percebe que sua trajetória não será fácil e doce como no Vale do Café.
A nova novela das seis, Orgulho e Paixão, que tem seus personagens livremente inspirados no universo da escritora inglesa Jane Austen, é uma história romântica e bem-humorada, que se passa no fictício Vale do Café, no início do século XX. No vilarejo voltado para o plantio e a comercialização do “ouro verde”, vivem as famílias ricas, donas das fazendas de café, os trabalhadores e aqueles que lutam para não perder tudo que têm. A história mostra questões relacionadas aos costumes da época, como o valor do casamento na sociedade, o universo feminino e suas possibilidades, e a crise da economia cafeeira do início do século XX. A partir destes temas, também traz o público para discussões da atualidade. “Mesmo sendo uma trama de época, ‘Orgulho e Paixão’ apresenta um texto dinâmico, com muita leveza e frescor”, define o diretor artístico Fred Mayrink. “A novela tem emoção, drama e comédia, sempre permeados pelo clima romântico que envolve a trama como um todo”, complementa o autor Marcos Bernstein.
Com estreia nesta terça-feira, dia 20 de março, Orgulho e Paixão é uma trama de Marcos Bernstein, escrita por Marcos Bernstein e Victor Atherino, com a colaboração de Juliana Perez, Flávia Bessone e Giovana Moraes. A novela tem direção artística de Fred Mayrink, e direção de Bia Coelho, Hugo de Souza, Alexandre Klemperer e João Paulo Jabur.