Passei pela sala e vi minha filha ligando a TV. “Vou assistir o Domingo Show”, “Se tiver algo interessante, me chame”. Peguei o jornal e fui pros artigões dominicais. Sabemos como são romanescos nos finais de semana. Li 1, 2, 3 e nada de algo bom vindo da TV. Passei pela sala: “O que estão mostrando?”, “Uma casa feita de balão!”, diz desanimada. “Ah tá!”.
Voltei para a leitura e, concentrado em uma entrevista do novo ministro de supremo, Carlos Ayres Brito, o qual recordava sua infância pobre, quando sua mãe, professora primária do interior, lhe ensinava à luz de lampião, ouvi minha filha desesperada na sala: “Poxa, só tem picuinha nesse programa!!”. Nem perguntei, passei e vi o Mc. Gui, que, aliás, conseguiu dar uma “erguida” no programa, mostrando os bastidores de “Os Dez Mandamentos” ( assunto pra lá de batido, mas vá lá, do jeito que estava, até que o garoto trouxe algo interessante ).
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Puro marasmo, o “Domingo Show” sem seu mestre, Geraldo Luis, substituído por Bacci, desandou feio. Este consegue esfriar qualquer momento emocionante. Ágil para comandar um jornalístico, em se tratando de aproveitar o momento sentimental, passa, “peremptoriamente”, imagem falsa de quem se esforça, mas está pouco ligando. Que continue no jornalismo ( sem reportagens sobre pessoas que enxergaram Michael Jackson na saída do shopping, por favor! ).
Saímos de casa, o almoço hoje foi na sogrona. Lá chegando, vimos que estava no DShow. “O que estão apresentando, sogra?”, “Uma pessoa que não dorme há 15 anos”. Poxa, aí é demais! “Sogra, querida, amiga, inestimável pessoa, eles vão enrolar a senhora durante meia hora e no final virá um médico dizendo que a pessoa dorme, sim. Isso se chama sensacionalismo barato.”
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Sendo a sogra pessoa simples e acreditando na responsabilidade do apresentador, vi a coitada ficar até o fim da reportagem. Bom, o final vocês sabem que foi exatamente como disse. Enfim, um programa para enganar o público brejeiro do nosso país.
Voltando para casa, fui pro DShow pois estava curioso para saber se o artista que caiu na miséria por ter se entregado à bebida era realmente quem eu pensava. Era! E a reportagem estava muito bem feita. Pela força da pessoa, logo o veremos nas telas, novamente. Em seguida, veio outra reportagem com o mesmo tema: alguém que perdeu tudo e precisou de força de vontade para vencer. Muito bem produzida, vi uma Andressa Urach comprometida com a notícia. Impressionou a seriedade como conduziu o tema. Só que, não por ela, nem pela equipe, repetir a mesma linha é um pecado. E pecado é bom para receber castigo. Fui pro SBT, onde Eliana conduzia momentos hilariantes e fiquei por ali.
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Que falta faz, Geraldo Luis!
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