Ex-jornalista da Globo tem recaída na doença e é demitida do governo Bolsonaro: “Problema complexo”
18/04/2019 às 17h52
A jornalista Izabella Camargo vive um momento delicado na sua vida pessoal e profissional. Demitida da Globo por ficar doente e sofrer com a Síndrome de Burnout, ela foi convidada pelo ministro de Jair Bolsonaro, Marcos Pontes, para compôr a sua equipe no governo, mas o pior aconteceu.
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Após algumas recaídas e a doença voltar, ela acabou pedindo demissão da equipe de comunicação do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações do governo de Jair Bolsonaro, de acordo com informações do portal UOL. Apesar disso, não houveram ressentimentos.
Tanto é que ela foi homenageada pelo próprio ministro, que compreendeu o seu problema e admitiu que a sua doença é complexa. “Compreendo que o problema que você tem é complexo. Confesso que não conhecia antes. Mas fiquei triste, lógico, quando vi seu pedido para sair, mas compreendo suas razões”, declarou.
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“É importante cuidar da saúde, ter esse tempo para você”, completou ele. Com isso, fica mais evidente que o problema de saúde da jornalista, que foi demitida em 2018 após retornar de licença médica para se tratar, não estava apenas na Globo, sua antiga empresa.
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A doença em questão trata-se de um distúrbio psíquico, de caráter depressivo, procedido de esgotamento físico e mental intenso, e segundo ela, em seu perfil no Instagram, houveram seis novas crises de estresse somente neste ano, trabalhando com Jair Bolsonaro.
“Eu não superei o Burnout, eu convivo com ele e com uma quantidade de estresse que é muito prejudicial a saúde. Não é exclusividade minha, muitas pessoas estão passando pelo mesmo”, disparou a ex-Globo, revelando que foi parar no hospital por causa disso.
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“E ontem, depois da sexta crise de Burnout desse ano, quando cheguei no hospital nem os médicos sabiam como tratar alguém passando por uma crise dessa”, lamentou a ex-jornalista da Globo, que agora faz parte do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações do governo de Jair Bolsonaro.
DEPOIS DE SER DEMITIDA
Logo depois da demissão, ela conversou com o programa Você Bonita e contou um pouco do que acontecia nos bastidores da emissora, onde teve início a síndrome de burnout: “Fiz muitas terapias alternativas, psicólogas, cuidando de dentro e de fora. Muita respiração e meditação”.
“Além de tomar café, energético, procurei um endocrinologista e comecei a tomar remédio para me dar mais energia. Não me orgulho disso porque foi a pior coisa que eu fiz. Eu ultrapassei o meu limite para dar conta do que eu não tinha controle. Extrapolei o meu limite”, lamentou a ex-contratada da Globo.
“Comecei a ter crises de choro, crises nervosas. ‘Ué, mas eu faço meditação todo dia, pilates, RPG, uso floral… Por que estou tendo taquicardia? Não começa de um dia para o outro. A corda arrebenta quando você passa do limite. O meu corpo começou a acumular um déficit que era provocado pela falta de sono”, revelou.