Joel Datena, âncora do jornal ‘Bora Brasil’, da Band, paralisa o jornalístico com notícia bombástica sobre risco de falência de empresa gigante. Atualmente a companhia luta para arcar com as suas dívidas
Joel Datena, âncora do ‘Bora Brasil’, da Band, falou em uma edição do jornal ainda em setembro do ano passado sobre a difícil situação em que se encontra a empresa 123 Milhas, agência de viagens que acabou dando o calote em milhares de clientes: “Os caras estão devendo 2 bilhões de reais, e como eles vão pagar?”, questionou o âncora.
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Sua dupla de estúdio, Thaís Dias, deu mais alguns detalhes, informando sobre a suspensão do pedido de recuperação judicial da empresa, que inclusive se repetiu agora em 2024. “A Justiça suspendeu a recuperação judicial da 123 Milhas”, disparou ela. “Atendeu um pedido feito pelo Banco do Brasil, que é o maior credor da 123 Milhas, com 97 milhões de reais a receber”, revelou.
A jornalista ainda explicou que apesar dessa decisão, a agência de viagens vai seguir com o prazo de 180 dias de proteção contra a ação dos credores. “A agência de viagens, que acumula uma dívida de algo em torno de 2 bilhões de reais, muito dinheiro, um baita de um prejuízo e tem muita gente ainda a ver navios”, encerrou Thaís Dias.
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Pronunciamento da empresa ainda em 2023:
“A 123milhas informa que protocolou hoje (29/08) no Tribunal de Justiça de Minas Gerais um pedido de Recuperação Judicial. A medida tem como objetivo assegurar o cumprimento dos compromissos assumidos com clientes, ex-colaboradores e fornecedores. A Recuperação Judicial permitirá concentrar em um só juízo todos os valores devidos. A empresa avalia que, desta forma, chegará mais rápido a soluções com todos os credores para, progressivamente, reequilibrar sua situação financeira.
A 123milhas ressalta que permanece fornecendo dados, informações e esclarecimentos às autoridades competentes sempre que solicitados. A empresa e seus gestores se disponibilizam, em linha com seus compromissos com a transparência e a ética, a construir conjuntamente medidas que possibilitem pagar seus débitos, recompor sua receita e, assim, continuar a contribuir com o setor turístico brasileiro.”
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Segunda suspensão da recuperação judicial
Segundo o ‘Exame’, a Justiça voltou a suspender, em janeiro deste ano, a recuperação judicial da 123 Milhas. A Justiça de MG tomou a decisão visando a decisão dos novos administradores judiciais do caso. A decisão partiu de um pedido do BB, pela substituição de dois dos três escritórios nomeados para atuarem como administradores no caso. A informação foi confirmada pelo ‘O Globo’.
Atualização: Recuperação judicial retomada
Segundo as informações divulgadas pelo ‘G1’, no dia 1° de março deste ano, o processo de recuperação judicial foi retomado novamente. A decisão atendeu a um pedido do Instituto Nacional de Defesa do Consumidor, que argumentou que a paralisação da recuperação judicial “acarreta grave prejuízo aos credores, especificamente os milhares de consumidores”.
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No dia 17 de julho, foi divulgado pela Justiça divulgou um cronograma das próximas etapas da recuperação judicial da 123 Milhas. Segundo o ‘G1’, havia ficado definido que o edital oficial com a relação de todos os credores e o valor de cada um fosse publicado em 30 dias. Ou seja, ainda neste mês. Veja o cronograma:
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- em 30 dias (meados de agosto): publicação do edital com a lista de credores;
- em 90 dias (meados de outubro): apresentação do plano de recuperação judicial;
- primeira quinzena de dezembro: realização da assembleia-geral de credores para discussão do plano de recuperação judicial.
A importância da 123 Milhas
Pioneira em serviços de viagens e turismo comercializados online com valores atrativos, a 123milhas é responsável, desde 2016, pelo embarque de mais de 15 milhões de clientes para destinos nacionais e internacionais. Em 2022, a empresa conquistou cinco das oito mais relevantes premiações anuais de relacionamento com o consumidor ao nível nacional.
Qual a diferença entre falência e recuperação judicial?
Nas duas situações os objetivos são os mesmos: a satisfação de dívidas de uma empresa. Vale dizer que, a principal diferença está na continuidade ou não do empreendimento. Na recuperação judicial, se ganha tempo para recuperar a capacidade de gerar resultados na empresa. Por outro lado, na falência, não existe a reestruturação do negócio e ele acaba fechando as portas considerado irrecuperável