José Loreto, no ar em Pantanal, vive com doença incurável e não esconde pelo que passa: “Preciso viver”

O ator precisa de insulina para viver desde os 14 anos

Considerado um dos grandes galãs da Globo, interpretando “Tadeu” em Pantanal, José Loreto busca usar o alcance que tem para conscientizar o público sobre a diabetes tipo 1, doença incurável que ele foi diagnosticado desde os 14 anos.

Por mais que a enfermidade não tenha cura, é possível amenizar os danos com um estilo de vida saudável, exatamente o que o ator da Globo faz. Em 2020, em uma transmissão ao vivo com seu médico, ele passou por uma situação para lá de desagradável quando precisou injetar insulina em público.

“Uma vez, eu estava tomando insulina em um restaurante, e o cara me olhou assim, ‘Você é artista, né? Tomando injeção, tomando drogas?’. Eu disse, ‘estou! Estou tomando insulina, preciso disso para viver. E você deveria ser mais razoável em vez de fazer uma pergunta tão petulante”, revelou José Loreto.

O objetivo da revelação foi justamente passar para os diabéticos que não há vergonha nenhuma em injetar insulina em público, muito pelo contrário, todos devem se cuidar sem passar por constrangimentos.

“Quando eu fico com hipoglicemia, é como se eu estivesse bêbado sem beber. Você vai ficando grogue”, seguiu explicando.

Tadeu (José Loreto) em Pantanal (Foto: Reprodução / Globo)

Por incrível que pareça, durante uma crise de hipoglicemia, o contratado da Globo foi tirado de uma aula de teatro por acharem que ele não estava sóbrio. Apesar do constrangimento, ele perdoou o responsável. “Ele achou que estava debochando. Me arrastou pelo pé e me colocou para fora da sala”, assumiu.

A estrela de Pantanal confessou que tinha vergonha de injetar insulina em público até a época da faculdade, mas, com o tempo, as coisas mudaram e ele enxerga o diagnóstico de outra maneira.

“Ela requer que eu seja dedicado comigo, me obriga a ter atenção com a saúde. Se não fosse diabético, talvez estaria mais relapso com meu corpo, minha saúde e minha alimentação”, concluiu.