Concorrente de Apocalipse, a novela O Outro Lado do Paraíso aborda um tema bastante interessante, A Lei do Retorno: tudo o que você faz, volta. Parece que a nova trama da Record está colhendo o que plantou.
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Apocalipse estreou em novembro e está há cerca de um mês no ar. Nesse meio tempo, a trama que aparentemente tinha condições para ser um novo fenômeno, como Os Dez Mandamentos, está demonstrando ser totalmente o contrário. Para se ter uma ideia, a atual trama de Vivian de Oliveira está marcando baixos índices, em torno de apenas 6 pontos de audiência na grande São Paulo.
O fato é que os erros são tão explícitos que só demonstram a falta de experiência de quem lidera a Record. O ataque à igreja católica são óbvios, e o próprio público resolveu boicotar. Tudo bem que a novela não cita o nome da Igreja, mas para um bom entendedor meia palavra basta, e absolutamente tudo na “religião” do mau está ligado a ela. O curioso é que estamos em um dos países com o maior número de católicos do mundo. Será que Edir Macedo não conhece esse dado? Ou acredita que só assistem sua emissora os evangélicos? Parece que metade da audiência dessa faixa horária não ficou satisfeita e desistiu da “superprodução”.
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Outro problema bastante irritante para o telespectador é ver ao longo da programação Apocalipse anunciada para as 20h30, quando na verdade se inicia às 20h50, são 20 minutos de “atraso” todos os dias. A estratégia é afastar o público? Parece que estão conseguindo.
No meio de tudo isso ainda existe a interferência de Cristiane Cardoso, filha de Edir Macedo, no texto de Vivian de Oliveira. A autora esteve à frente de um dos maiores sucessos do canal, trabalhou como colaborada e já foi titular de séries e novelas na emissora. Portanto, qual o motivo de alguém, que nunca teve sequer uma experiência no meio, supervisionar e até alterar a redação do folhetim? Na Globo temos Silvio de Abreu, um grande novelista com vasta experiência nesse cargo. Na Record a filha inexperiente do dono. Parece piada!
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A rejeição existe, o boicote existe, e muito dinheiro está indo pelo ralo sem o retorno esperado. Uma emissora responsável e realmente disposta a reverter a situação buscaria entender mais a fundo o problema criando grupos de discussão, admitiria não ser capaz de administrar o atual fracasso e deixaria a verdadeira autora trabalhar. Porém, responsabilidade e profissionalismo, neste atual momento, parecem não ser a marca da Record.
Por Maurício Freitas
Contato: mauriciotvfoco@gmail.com
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