Exatamente no dia de hoje, 26 de abril de 2015, a Rede Globo de Televisão comemora seu cinquentenário. Há exatos 50 anos a emissora fundada pelo jornalista e empresário Roberto Marinho iniciava sua trajetória de luta, fracassos, polêmicas e sucesso de sobra.
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Atualmente, a emissora enfrenta uma de suas piores fases no que se refere aos números de audiência, com vários produtos consagrados marcando índices pífios e quebrando recordes negativos históricos. Diante disso, a emissora se viu obrigada a mudar e vem gradativamente se reinventando. Aqui destaco a questão de audiência não necessariamente implicar em qualidade. A reinvenção da emissora também leva em conta as transformações e os novos anseios do público.
Este momento de fraqueza não impede que, aos 50 anos, a Globo mantenha a melhor programação televisiva do Brasil. Para contextualizar esta última afirmação, exponho a programação, no geral, de um dia da semana da Globo:
Inicia o dia com um noticiário compacto (Hora Um); segue com telejornais locais e um telejornal matutino nacional (Bom Dia Brasil); em seguida, exibe um programa de entretenimento (Mais Você); após este, leva ao ar um programa sobre saúde (Bem-Estar); logo depois transmite um programa de entretenimento com auditório (Encontro com Fátima Bernardes); ao fim deste, outra edição de telejornais locais vai ao ar.
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Em seguida, a emissora exibe um programa esportivo (Globo Esporte); depois, um telejornal vespertino nacional (Jornal Hoje); colado nesta última atração entra na tela um programa voltado exclusivamente para os bastidores da emissora (Vídeo Show); em seguida, há o espaço para a exibição de filmes (Sessão da Tarde); depois, vai ao ar uma reprise de novela (Vale a Pena Ver de Novo); logo após é exibida uma trama teen (Malhação).
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Ao fim da trama teen, entra em cena a novela das 18h, mais leve (Sete Vidas); a seguir, uma exibição noturna de telejornais locais; posteriormente, a novela das 19h, mais romântica (Alto Astral); ao fim desta atração a emissora transmite o telejornal mais assistido do país (Jornal Nacional); em seguida, a famosa novela das 21h, mais quente (Babilônia); após, uma linha de shows com exibição de filmes ou séries – humor, policiais, etc; na madrugada entra um telejornal que resume as principais notícias do dia (Jornal da Globo); logo após, um programa de entrevistas (Programa do Jô) e segue com exibições de filmes (Corujão) e/ou séries estrangeiras.
É explícita a variedade da programação da Globo, que, apesar de ser conhecida por ser “a emissora das novelas”, consegue manter uma programação recheada e voltada para os mais diversos públicos, não se prendendo em excesso a nenhuma área específica. O resultado disso é a liderança geral na audiência há anos.
Programações devem ser planejadas e executadas dessa maneira, afinal, são as partes que compõem o todo. Se apenas uma ou duas partes se destacam e outras são completamente esquecidas, a certeza é de que o todo não está progredindo da melhor maneira possível.
Isso não quer dizer que todas as emissoras devem se embasar na programação da Globo. Isso quer dizer que todas as emissoras devem pensar e agir visando à melhoria de todas as suas áreas, moldando aos seus estilos suas programações e efetivando suas reais identidades.
E você, leitor da coluna que gosta de opinar sobre programação, concorda ou não?
Críticas, elogios e/ou sugestões? Estou no Twitter (@JuniorDanyllo) e este é meu e-mail para contato: danyllojunior@hotmail.com.
As opiniões aqui retratadas não refletem necessariamente a posição do TV FOCO e são de total responsabilidade de seu idealizador.