“Ligado na TV” – Especial: Morte de Bolaños comove o mundo; humorista eterniza-se com “Chaves” e “Chapolin”

30/11/2014 às 10h00

Por: Danyllo Junior
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"Prefiro morrer do que perder a vida" - Chaves/ Bolaños (Foto: Divulgação/SBT)
"Prefiro morrer do que perder a vida" - Chaves/ Bolaños (Foto: Divulgação/SBT)

“Prefiro morrer do que perder a vida” – Chaves/Bolaños (Foto: Divulgação/SBT)

Ontem, sexta-feira (28), o mundo perdeu Roberto Gómez Bolaños, que faleceu aos 85 anos em sua residência em Cancún. Roberto foi humorista, escritor, ator, produtor de cinema, televisão e teatro. Mas o que o fez conquistar o México, a América Latina e o mundo foram os seriados que criou e dos quais era protagonista, primeiro “Chapolin”, que teve sua estreia em 1970, e o de maior sucesso, “Chaves”, que estreou logo em seguida, no ano de 1971.

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O trabalho de Bolaños transcendeu gerações e fronteiras, como bem afirmou o atual presidente do México, Enrique Peña Nieto, após a morte do humorista. O exemplo mais claro que comprova tal afirmação trata-se do SBT e do Brasil. A primeira vez que o canal de Silvio Santos exibiu episódios dos seriados “Chapolin” e “Chaves” foi no dia 24 de agosto de 1984, há exatos 30 anos. Passou pelo horário nobre, já chegou a ser exibido duas vezes durante o dia e ainda segue ativo e fazendo sucesso na programação da emissora.

Nas redes sociais, frases e mensagens são intensas, tais como: “Marcou minha infância”, “Me ensinou que não precisa ser rico para ser feliz e que ser humilde é a coisa mais linda e pura do mundo”, “Alguém joga água nele, talvez tenha sido só um piripaque”, “Parece que ele é da minha família”, “Você vai ser uma das estrelas mais brilhantes no céu”, “Não consigo conter as lágrimas ao saber que não temos mais Roberto Bolaños nesse mundo”, entre tantas outras, bem como bordões ditos pelos personagens.

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Toda essa comoção com a morte de Bolaños não abrange o argumento de que foi só porque ele morreu. Na verdade, todo mundo já era fã mesmo. Ressaltando-se que é muito raro um artista conquistar tantas gerações e não se tornar antiquado para nenhuma delas. “Chaves”, especialmente, não marcou apenas minha infância, quando assisto um episódio do seriado nos dias de hoje ainda me divirto com as piadas bobas e ingênuas, apesar de já ter as visto por várias vezes. Acredito que permanece assim com quase todos.

Bolaños eternizou-se com o órfão “Chaves” e o astuto “Chapolin”, é fato. E como dito na canção de um dos episódios mais lembrados pelos fãs – “Boa Noite Vizinhança” -, “Prometemos despedirmos-nos / Sem dizer “adeus” jamais / Pois haveremos de nos reunirmos / Muitas, muitas vezes mais!”, esse não é o fim, é apenas uma despedida física.

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“Existem caminhando por aí muitos heróis de carne e osso, que nos servem de inspiração. Roberto Gómez Bolaños foi um deles” (Paulo Alexandre, prefeito de Santos/SP).

chespirito

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Autor(a):

Escreve artigos de opinião sobre televisão desde 2009. Enfermeiro, Mestrando da UFRN, autor de livro - Morte Gêmea - e contos, e apaixonado pelos afins da televisão. Integra a equipe do TV Foco/iG desde maio de 2013, assinando atualmente a coluna semanal ‘Ligado na TV’, na qual lança seu olhar sobre o curioso universo televisivo. (e-mail: [email protected])

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