O jornalista Ricardo Boechat morreu no dia 11 de fevereiro, após um acidente de helicóptero, aos 66 anos de idade. Menos de quatro meses após a sua morte, um livro com relatos de pessoas próximas ao jornalista será lançado, como forma de homenagem ao profissional. No livro, é revelado coisas desconhecidas pelo público que acompanhava o jornalista diariamente na Band. “Toca o Barco – Histórias de Ricardo Boechat contadas por quem conviveu e trabalhou com ele”, conta com 176 páginas, e vai além de uma homenagem.
Ao todo foram 32 depoimentos, em vários deles, é destacado os gestos de solidariedade de Boechat não só com os amigos, mas também com desconhecidos. O jornalista, vale dizer, era ateu. Agora, o jornalista Maurício Stycer da UOL, fez revelações importantes sobre trechos do livro.
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“Embora escrito por corações e mentes marcados por admiração e saudade, entre os objetivos deste livro não consta o da beatificação de Boechat – nem os amigos reunidos neste barco fariam essa maldade”, escrevem os editores do livro Bruno Thys e Luiz André Alzer.
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“Uma de suas virtudes era reconhecer e falar abertamente de suas imperfeições. Se há uma outra intenção nas próximas páginas é a de torná-lo útil aos atuais e futuros colegas jornalistas e à sociedade em geral”, acrescentam eles.
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Em vários depoimentos também é falado sobre a demissão de Boechat da TV Globo e do jornal O Globo, depois que a revista Veja expôs um telefonema grampeado, mostrando Boechat lendo uma reportagem para uma fonte antes de publicar a mesma.
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Foi depois disso, que o jornalista acabou indo para a TV Bandeirantes, onde se tornou um grande jornalista. “Eu nunca pedi folha corrida da fonte, mas da notícia. Se o diabo me desse uma informação, eu não perderia de perspectiva de que era o capeta, mas iria me preocupar com a notícia. ‘O Globo’ me conhecia. Era a minha casa. Se eu fosse dado a picaretagens, imagina o tamanho do meu patrimônio naquele momento”, falou Boechat a respeito do ocorrido.
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Ronaldo Herdy, que foi companheiro de trabalho de Boechat durante muito tempo, relembrou a época da demissão de Boechat da Globo: “Quando foi demitido, me ligou, em lágrimas, dizendo que jamais tinha feito pactos com fontes que não fossem em prol da notícia apurada limpa, correta e ética. Foi interessante acompanhar a cobertura que sua morte teve nos veículos das Organizações Globo e a apuração em torno do acidente. Pareceu reparo”, disse ele.
Já Fernando Mitre, chefe de Boechat na Band, recordou das inúmeras brigas que teve com o jornalista, mas também ressaltou o apoio de Boechat aos mais necessitados: “E aqui voltamos às virtudes cristãs exercidas com comovente generosidade por aquele ateu orgulhoso do seu ateísmo. O que testemunhei, sem entrar em detalhes, que ele não queria revelar, era o exercício permanente – ou a permanente disposição para esse exercício – da mais valiosa virtude cristã: o amor na sua melhor acepção. Ou a solidariedade, como explicava o Boechat, que é o amor mais a ação”, disse Mitre.
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“Boa parte dos recursos que obtinha com o trabalho fora do rádio e da TV – palestras e textos que fazia para revistas – ele destinava para ajudar outras pessoas”, destacou José Carlos Tedesco.
O colega de trabalho de Boechat, Rodolfo Schneider, acabou relembrando que o jeito independente do jornalista tinha algumas consequências, e contou sobre algumas condenações na Justiça sofridas por Ricardo: “Essa sua postura, porém, tinha um preço: os processos judiciais atingiram a marca de duas centenas nos últimos anos. Boechat dava trabalho para os advogados da Band. Perdeu alguns e foi condenado a doar cestas básicas”.