Devendo 300 milhões e até ordem de despejo: Loja queridinha dos shoppings está prestes a ser vendida à rival

Uma famosa e querida loja, presente nos principais shoppings brasileiros, está prestes a ser comprada por rival após enfrentar cenário adverso

Vocês podem não lembrar, mas no inicio de 2023, uma famosa e querida loja, presente na maioria dos shoppings do país passou a enfrentar cenários adversos.

Tal notícia inclusive caiu como uma bomba, principalmente na vida daqueles que a tinham como referencia de sofisticação e bom gosto. Se você está pensando na Tok&Stok, acertou em cheio!

Agora a situação ganhou um novo desdobramento  que promete impressionar ainda mais seu grande público

Entendendo a crise

1-Despejo

Primeiramente é importante entender como a Tok&Stok chegou a essa situação e tudo que a mesma chegou a passar até então.

De acordo com o portal UOL, a derrocada da Tok&Stok começou a ficar pública exatamente em fevereiro deste ano, após ser alvo de uma ação de despejo por causa do atraso no pagamento do aluguel de janeiro de um imóvel em Extrema (MG), onde tem um centro de distribuição.

A Tok&Stok sofreu ordens de despejo em fevereiro de 2023 após dívidas com aluguéis (Foto Reprodução/Internet)

Mas a empresa pagou a dívida em juízo e a ação foi encerrada, porém, em  abril de 2023, ela voltou a passar pelo sufoco, quando teve a decretação de falência, na Justiça de São Paulo.

2-Pedido de falência e dívidas

Isso porque, ainda de acordo com a UOL, a credora Domus Aurea, com sede em Barueri, em São Paulo, alegou na época que a rede de móveis suspendeu os pagamentos referentes à conclusão antecipada de um projeto e lhe deve, em atraso de três meses, um valor que já está na casa de R$ 3,8 milhões.

A Domus afirma, em pedido ajuizado na 3ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo, que:

“A insolvência da Tok&Stok é comprovada, pois materializada em título executivo cuja soma ultrapassa 40 salários mínimos, não houve pagamento”

Em junho de 2023 as dívidas da Tok&Stok já chegavam a casa dos R$ 350 milhões (Foto Reprodução/Internet)

Segundo o que foi divulgado pelo portal Neo Feed, em junho deste ano de 2023 suas dívidas já chegavam a casa dos R$ 350 milhões, e a Tok&Stok precisou correr para evitar a falência por um valor que não chega a 1,5% do total devido pela companhia.

No dia 27 de junho, a decisão da juíza Clarissa Somesom Tauk, da 3ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo, veio a público “elidindo o pedido de falência” em razão do depósito feito pela rede de móveis para a sua antiga consultora de tecnologia.

Com isso a Tok&Stok conseguiu evitar um desgastante processo de falência, mas a demanda da Domus ainda é um obstáculo.

No dia 26 de junho, o Carlyle comunicou ao mercado que havia conseguido negociar com os bancos credores sua dívida. Após um aporte de R$ 100 milhões*, houve uma extensão do prazo de pagamento de dois anos.

Para entender todos os detalhes da situação da Tok&Stok clique aqui

Qual ultimo desdobramento envolvendo a situação da Tok&Stok?

Após toda essa situação, ao que tudo indica, a Tok&Stok está prestes a ser vendida para uma de suas rivais do ramo de móveis.

Segundo o que foi apurado com exclusividade pelo portal Popline, a Mobly e o fundo de private equity Carlyle, controlador da Tok&Stok, fecharam os termos do acordo para uma futura fusão.

Essa operação será feita por meio de troca de ações, em que os acionistas da Mobly ficarão com 80% da nova empresa enquanto os donos da  Tok&Stok (que, além do fundo, incluem os fundadores Regis e Ghislaine Drubule) ficarão com  com 20%.

Ainda de acordo com o portal ambos os acionistas terão um lock-up* válido por dois anos, período em que não podem se desfazer dos papéis.

A Mobly e a Tok&Stok fecharam um termo para uma futura fusão entre as marcas (Foto Reprodução/Internet)

 *A cláusula de lock-up protege as ações de uma empresa de possíveis especulações que possam acontecer assim que ocorre a abertura de capita

Após a operação de fusão, a home24 planeja fazer uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) para os acionistas da Mobly a um preço de R$ 6,50, o que representaria um prêmio de 68% em relação à cotação atual do papel.

Pelo acordo que está sendo amarrado, o Carlyle terá a opção de comprar mais 10% da companhia a R$ 9.

Expectativas

Ainda de acordo com o portal PopLine, a Mobly encerrou o segundo trimestre com uma receita líquida de R$ 128,2 milhões, queda de 13,8% em relação ao mesmo período do ano passado.

Já no ano de 2022, a empresa registrou uma receita líquida de R$ 637,1 milhões, recuo de 12% frente a 2021.

A companhia ainda tinha um caixa de R$ 239 milhões e estava buscando zerar a queima de caixa, que ficou em R$ 36 milhões no segundo trimestre.

Por outro lado, a Tok&Stok encerrou o ano de 2022 com prejuízo líquido de R$ 460,7 milhões, número bem acima do que foi seu lucro, um ano antes, cujo valor era de R$ 53,7 milhões.

Hoje a Mobly conta com 17 lojas e três unidades via franqueados (Mobly Zip) (Foto Reprodução/Mobly)

A estimava de pessoas com conhecimento do assunto é que a nova companhia poderá ter um ganho entre R$ 150 milhões e R$ 200 milhões em sinergias, principalmente com a parte logística.