Adeus devastador: Loja queridinha de Belo Horizonte, BH-MG, dá adeus após 50 anos em 2025

Loja icônica de Belo Horizonte (MG) encerra suas atividades, após meio século de história em 2025, deixando milhares de consumidores sem chão

E o mercado da moda de Belo Horizonte, BH-MG, sofreu uma grande perda. Depois de cinco décadas de história, uma das marcas mais queridinhas e tradicionais da cidade anunciou o seu adeus após 50 anos de existência.

Trata-se da Cila, a qual pegou a todos de surpresa com esse adeus devastador. Ainda mais por aqueles que cresceram com a marca e fizeram dela um ícone do estilo mineiro.

Porém, vale destacar que essa decisão não tem relação alguma com a crise de mercado, mas sim com um ciclo que se fecha, conforme explicaram os envolvidos.

Sendo assim, a partir de informações obtidas pelo Estado de Minas, a equipe do TV Foco, especializada em economia e negócios, traz abaixo todos os pormenores desse adeus e os impactos causados na cidade.

Uma história de tradição:

A Cila nasceu no início da efervescente década de 70 e, ao longo de sua trajetória, se tornou um nome que marcou a moda praia de Belo Horizonte.

Conhecida por seu estilo arrojado e por sua capacidade de acompanhar as tendências de moda, mesmo estando longe do litoral, a marca criou um charme único para os maiôs e biquínis que se tornaram sinônimo de sofisticação e elegância.

“Entendemos esse momento como mudança de ciclo e celebração dos 50 anos de uma marca que fez história em Belo Horizonte. Temos todos os motivos para comemorar o êxito desse case de sucesso” – Afirmou Cila Borges, fundadora da marca.

Um legado de inovação e estilo:

O sucesso da Cila começou de forma modesta. Nos anos 60, quando o biquíni ainda se via proibido nos clubes de Belo Horizonte, Cila Borges criou um modelo inovador de biquíni: o icônico “engana mamãe”.

Para quem não sabe, o modelo cobre o umbigo com um tecido extra, o que acabou contribuindo para um sucesso instantâneo entre suas amigas.

Logo as meninas do Minas Tênis Clube queriam um igual. O pequeno ateliê que começou em sua casa, na rua Vitório Marçola, cresceu rapidamente, e a marca se estabeleceu como uma das maiores referências de moda praia de Minas Gerais.

Cila, que sempre foi autodidata, construiu uma empresa sólida e inovadora.

Ao longo dos anos, a marca acompanhou as transformações da sociedade e da moda, sempre se mantendo atual e respeitada.

“A Cila se tornou um patrimônio da cidade, com clientes fiéis que estão na terceira geração” – Disse a empresária com orgulho.

A decisão de encerrar:

Ainda de acordo com o portal, o anúncio do encerramento das atividades da Cila foi, em grande parte, uma decisão pessoal da família Borges.

Os filhos de Cila, que são os sucessores naturais da empresa, tomaram caminhos distintos na vida profissional:

• Tetê Vasconcelos, responsável pelo estilo e marketing da marca, decidiu se aprofundar em áreas de desenvolvimento humano e psicoespiritual, atuando com sucesso como astróloga védica.

• Luiza Borges, por sua vez, já havia assumido a gestão de sua própria marca, a Potti Romã Lingerie, e hoje empreende no segmento de turismo de cicloviagens, além de atuar no mercado de investimentos.

• Leonardo Vasconcelos, sempre envolvido com tecnologia da informação, também trilha novos caminhos fora do universo da moda.

Sendo assim, ela conduziu essa transição de ciclos com muito cuidado e reflexão.

“Foi um processo pensado com muito carinho. Não estamos nos despedindo, mas iniciando um novo capítulo. A Cila já cumpriu sua missão de levar o charme e a elegância mineira para as praias, e agora é hora de seguir em frente.

Qual é a expectativa para a marca Cila agora?

Apesar do encerramento das atividades da Cila, a história da marca continuará viva.

A empresa está criando um arquivo digital com todo o material histórico de sua trajetória, que será disponibilizado como fonte de aprendizado para futuras gerações.

Além disso, há planos para uma exposição e um livro que contarão a trajetória de sucesso da marca.

A última coleção da Cila, intitulada “Sempre-viva”, é uma homenagem ao legado da marca e está disponível nas araras da loja da Savassi.

O nome, escolhido pela estilista Tetê Vasconcelos, é emblemático, já que a Cila se tornou, de fato, uma marca imortal na memória afetiva dos belo-horizontinos.

Quais impactos em Belo Horizonte o fim da Cila causou?

O impacto da saída da Cila do mercado de moda não pode ser subestimado.

Afinal de contas, a marca era uma referência de estilo e uma das favoritas dos belo-horizontinos, que sempre demonstraram carinho e fidelidade à marca.

Com clientes que atravessaram gerações, Cila sempre teve um espaço de destaque na vida social e cultural de Belo Horizonte, sendo não apenas uma marca de roupas, mas um símbolo de sofisticação e originalidade.

Em tempos de mudanças, a decisão da família Borges, longe de ser um lamento, é celebrada como a finalização de um ciclo vitorioso.

A Cila deixa para trás não apenas roupas e acessórios, mas um legado de inovação e um testemunho de perseverança no competitivo mundo da moda.

A cidade de Belo Horizonte, com toda sua saudade, certamente sentirá falta da marca, mas ao mesmo tempo poderá acompanhar os novos passos da empresária Cila Borges e sua família, que prometem continuar a inspirar com novos projetos e negócios no futuro.

Conclusão:

Após 50 anos de história, a Cila, marca icônica de beachwear de Belo Horizonte, anuncia o encerramento de suas atividades.

A decisão foi motivada pela mudança de interesses dos filhos da fundadora, Cila Borges, que trilham novos caminhos profissionais.

Embora a marca se despedaça, seu legado será preservado digitalmente e em futuras exposições. A Cila, um símbolo de sofisticação mineira, se despede, mas deixa um impacto eterno na cidade.

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