Escândalo: Varejista é acusada de reembalar carnes apodrecidas pela enchente e vender como cortes nobres do Uruguai e ANVISA liga o alerta
Uma das maiores varejistas brasileiras, vistas como nº1, ficou no centro das atenções após uma grave denúncia envolvendo a venda de carne apodrecida proveniente das enchentes do Rio Grande do Sul.
Toda essa situação chocante ligou o alerta da ANVISA devido ao potencial risco à saúde pública e à dificuldade de rastreamento dos produtos já comercializados.
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Ao mesmo tempo, uma investigação da Polícia Civil revelou uma trama complexa de fraudes e falsificações que se espalhou por todo o país, levantando preocupações sobre os mecanismos de controle de qualidade e fiscalização do setor alimentício.
Diante de todos esses pontos, a equipe especializada em fiscalizações e serviços do TV Foco, com base em informações divulgadas pelo portal Metrópoles e G1, traz mais detalhes sobre o ocorrido e as medidas tomadas.

Detalhes da investigação:
Veja abaixo os detalhes do esquema:
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- Aquisição da carne: A Tem Di Tudo Salvados adquiriu 800 toneladas de carne bovina, suína e de aves de um frigorífico em Porto Alegre, alegando que o produto seria destinado à fabricação de ração animal.
Além disso, a empresa alega que tem autorização para reaproveitar produtos vencidos.
- Revenda fraudulenta: No entanto, ao invés de processar a carne para ração, a empresa teria lavado e embalado os produtos, simulando origem uruguaia, e os revendido para açougues e mercados em diversos estados brasileiros.
Inclusive, as próprias imagens mostram que o produto chegou ao Rio Grande do Sul com aparência apodrecida.
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Pelos lotes nas embalagens, o produtor que tinha perdido a carne notou se tratar do mesmo material.
No comércio investigado, a polícia ainda encontrou centenas de caixas de medicamentos e testes de Covid vencidos, além de cigarros e até produtos de beleza na mesma situação.
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A equipe inutilizou todo o material com cloro e o entregou à companhia de limpeza.
Descoberta e investigação:
Um frigorífico gaúcho descobriu a fraude ao comprar acidentalmente parte do lote de carne e identificar a origem pelo número do lote.
Ao perceber que se tratava da carne anteriormente vendida como imprópria para consumo, o frigorífico denunciou o caso à polícia, iniciando a investigação.
Durante a Operação Carne Fraca, deflagrada em 22 de janeiro de 2025, a Delegacia do Consumidor do Rio de Janeiro (Decon-RJ) cumpriu oito mandados de busca e apreensão na sede da Tem Di Tudo Salvados e em endereços relacionados aos proprietários.
A polícia prendeu em flagrante o dono da empresa, Almir Jorge Luís da Silva, e mais três pessoas.
Monitoramento e medidas da ANVISA:
Obviamente, toda essa situação fez com que a ANVISA ligasse o alerta. Afinal de contas, ela é responsável por fiscalizar e tentar sanar os danos causados por irregularidades, principalmente envolvendo consumo de primeira necessidade.
Posicionamento da empresa e dos investigadores:
Não foram encontradas manifestações extras da empresa sobre o ocorrido, porém o espaço permanece aberto, caso queira expor mais detalhes sobre a situação.
No entanto, o delegado responsável pelas investigações, Wellington Vieira, destacou:
“Todas as pessoas que consumiram essa carne correram risco de vida. Quando uma mercadoria fica debaixo d’água, adquire circunstâncias e condições que trazem risco iminente à saúde”.
A polícia ainda descobriu que a Tem Di Tudo Salvados lucrou muito com o esquema:
“Segundo as notas fiscais, a carne boa estava avaliada em torno de R$ 5 milhões, mas a empresa comprou as 800 toneladas estragadas por R$ 80 mil”
Consequências:
Os envolvidos podem responder pelos crimes de associação criminosa, receptação, adulteração e corrupção de alimentos, podendo pegar penas de até 20 anos de prisão:
“Essa fraude compromete a segurança alimentar de milhares de pessoas” -Afirmou o delegado Wellington Vieira, que lidera as investigações.
O que fazer em caso de suspeita de compra de carne inapropriada?
Consumidores que desconfiarem da qualidade da carne adquirida devem procurar a Vigilância Sanitária local e denunciar irregularidades aos órgãos de defesa do consumidor, como o Procon.
Os investigadores continuam trabalhando e novas informações podem vir à tona à medida que avançarem as apurações.
Conclusões:
Em suma, uma grande varejista brasileira vendeu carne podre proveniente de enchentes, reembalada como produto nobre do Uruguai.
A polícia descobriu a fraude, prendeu os envolvidos e apreendeu toneladas de carne contaminada.
Por fim, a ANVISA ligou o alerta quanto à saúde pública enquanto a investigação continua em andamento, revelando uma complexa rede de fraudes no setor alimentício.
Mas, para saber mais informações sobre a ANVISA e suas investigações, clique aqui*.