O candidato do PT alega que a sua entrevista foi marcada em um dia de menor audiência e tenta reverter a decisão da Record na justiça eleitoral
Diante do conturbado cenário eleitoral, as aparições dos candidatos à presidência na TV tem se tornado cada vez mais problemáticas. Depois de Jair Bolsonaro (PL) se estranhar com a Globo, agora, Luís Inácio Lula da Silva (PT) vive um conflito com a Record.
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De acordo com UOL, o ex-presidente acionou o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) contra a Record depois de a emissora anunciar que fará sabatinas com os 4 candidatos à presidência mais bem colocados na pesquisa Ipec de intenção de votos.
As entrevistas serão realizadas de 23 a 28 de setembro e Lula será o primeiro entrevistado, em uma sexta-feira.
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A decisão da data desagradou a campanha do petista, que processou a emissora paulista na Corte Eleitoral. A defesa do candidato alega que a data escolhida para Lula renderá uma audiência menor e pede que a ordem das entrevistas seja definida por sorteio.
Além disso, os representantes do ex-presidente apontam uma suposta manipulação para beneficiar Jair Bolsonaro, que será entrevistado em uma segunda-feira, dia que costuma registrar maiores índices de audiência.
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Na última semana, a Record divulgou o calendário das sabatinas: Lula será o primeiro entrevistado, em uma sexta-feira (23/9), seguindo pelo candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL), numa segunda-feira (26/9). Na terça-feira (27/9), a Record deve receber Ciro Gomes (PDT). Simone Tebet (MDB) fecha a série na quinta-feira (28/9). As entrevistas terão duração de 40 minutos e serão conduzidas ao vivo pelo jornalista Eduardo Ribeiro.
No processo, Cristiano Zanin Martins, Eugênio Aragão e Angelo Ferraro, que representam o petista, pedem que a ministra Maria Claudia Bucchianeri determine a realização de um sorteio para definir a ordem das entrevistas e aplicação de multa em caso de descumprimento.
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“A primeira entrevista foi agendada para ir ao ar em dia de menor audiência, enquanto a segunda entrevista está planejada para quando tradicionalmente há maior audiência do jornal. Além disso, pela lógica, o último entrevistado terá o privilégio de falar ao eleitorado mais próximo do dia da eleição“, afirmou a assessoria do PT em resposta ao UOL.
A coligação de Lula e Geraldo Alckmin (PDT), alega ter entrado em contato com a emissora, pedindo a realização de um sorteio, mas a solicitação foi negada pela Record.
Procurada pela UOL, a Record não se manifestou, caso o faça este texto será atualizado.