Depois de ter revelado que estava curado de um câncer, Léo Rosa voltou no ano passado a se submeter as sessões de quimioterapia e desde então tem falado sobre a doença em suas redes sociais. Em um post emocionante, o ator voltou a falar de suas angustias. “Ontem teve a quimio 28. Na 27 a coisa apertou. Fiquei sem vontade de viver, pra baixo, sem ‘células boas’, como dizem os médicos num dialeto fácil pra gente não entender”, disse ele.
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“Fui já com ânsia sabe? Chegando na fachada do #hospitaldeclinicasdeportoalegre observei aquele monumento de prédio, muitas camas, muitos médicos, faculdade, residências, corais, equipes de limpeza, recepcionistas de balcão de cada sessão: – quimioterapia, rádio, raio x, tomografia, cafezinho maravilhoso na cantina, alas especiais pra pacientes mais debilitados, aquele mundo de gente vindo de todos os lados do Sul da América do Sul buscando a vida”, começou ele.
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E prosseguiu: “Crianças calvas. Calças sorridentes no corredor do SUS. De graça. O valor que isso tem. Um hospital que vai aumentar 70% sua capacidade esse ano, com investimento alemão! Tudo espetacular! Sempre lembro do Medianeras quando fico de frente pro prédio de vigas azuis. Agradeci ouvindo Iracema, do Adoniran Barbosa. Lembrei minha irmã @mariagadu, lembrei todos os meus amigos que tanto fazem por mim, minha mãe, leoa, meu irmão sorriso olho mais fechado, minha afilhada e o teclado, minha avó que se foi, minha irmã que é a coisa mais leal que existe. E agradeci”.
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E finalizou: “Agradeci a minha girafa @claugutierres que tem sido de um amor e uma alegria na companhia diária comigo, a parceiraça que sempre soube que era, o mousse José, que tem esse nome que eu amo. E estar em Porto Alegre. Terra do Caio F. Tentei um texto com o ritmo dele, ele teria me olhado bem JACIRA! Pensei na beleza das ruas que ainda não andei nessa minha volta à cidade, lembrei casas antigas nas ruas em que me perdi no Bom Fim e no Menino Deus, pensei no Caio Fernando Abreu na varanda escrevendo uma crônica ou conto e percebi o como eu amo estar aonde estou agora. Ontem não dormi. O remédio que tomo na sessão me deixa sem sono uns 2 dias. Aí passei a noite acordado escrevendo poesia. Estava com bloqueio há 2 meses. Ontem, enjoado, não vomitei. Escrevi. Obrigado meus amigos artistas, todos aqueles que enfrentam no front agora esse momento obscuro da nação. Já já tô na ativa de volta, gritando no teatro da rua com vocês!”.
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