Ator se despediu dos palcos do teatro em 2017, quando tinha 93 anos
Morreu aos 96 anos de idade na França, o ator francês Michel Bouquet, ele tinha uma carreira de mais de 70 anos e foi apelidado de “monumento do teatro”. A notícia da morte foi dada pela agência France-Press.
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Apesar de ter filmado com nomes como Claude Chabrol ou François Truffaut, o teatro foi “o reino” do ator, escreveu o jornal Le Monde, considerando-o “um monstro sagrado no exercício da sua arte”, por conta da sua exigência, rigor e intensidade no palco.
Nascido em Paris em 1925, Michel Bouquet começou a carreira na representação ainda na adolescência, no Teatro Chaillot, na capital francesa e despediu-se dos palcos em 2017, com 93 anos, ao interpretar Tartufo, de Molière.
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“No teatro, a personalidade do autor é tão majestosa, seja [Harold] Pinter ou Molière, que não fazemos mais do que tentar transmitir a palavra da forma mais obediente possível. O mais importante é esquecermo-nos de nós próprios”, afirmou o ator, em entrevista à France-Presse, no ano de 2019.
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Nos palcos, Michel Bouquet atuou em vários clássicos contemporâneos como o de August Strindberg a Samuel Beckett, de Molière a Eugene Ionesco, autor o qual ele interpretou pelo menos 800 vezes, ao longo de duas décadas, a peça “O rei está a morrer”.
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No cinema, Michel Bouquet trabalhou com Jean Delannoy, François Truffaut, Luis Buñuele com Claude Chabrol. O ator também deu voz ao documentário “Noite e nevoeiro”, de Alain Resnais, sobre o Holocausto.
Michel Bouquet também venceu por duas vezes o César de melhor ator em “Como matei o meu pai” (2001), de Anne Fontaine, e em “Um passeio pela História” (2005), de Robert Guédiguian, onde vive o papel do antigo presidente francês, François Mitterrand.
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Um dos últimos papéis dele no cinema foi em um filme de Gilles Bourdos, onde ele encarnou o pintor Pierre-Auguste Renoir, em seus últimos anos de vida.
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