Um nome extremamente aclamado morreu no final de 2023 após dura batalha contra o AVC
Um dos maiores nomes da teledramaturgia brasileira sucumbiu ao AVC e não resistiu mais aos duros tratamentos. Esse renomado ator deixou uma legião de fãs em luto completo.
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Esse ator não apenas ficou marcado pelo seu sucesso dentro das telinhas, mas fora, como um dos maiores símbolos de luta a repressão policial da Ditadura Militar no Brasil.
Esse ator passou por um 8 anos completos em tratamento a um AVC, mas, seus longos dias dedicados ao tratamento acabaram no penúltimo dia do ano de 2023, como uma grande poesia, como era sua vida por completo.
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COMO MORREU O ATOR JAIRO DE ANDRADE?
Segundo informações do Correio do Povo, o ator Jairo de Andrade, um dos símbolos da resistência à ditadura militar nos anos 1960 e 1970, morreu no sábado, 30 de dezembro, aos 88 anos, em Campo Bom.
Ele havia sofrido um AVC em 2015 e em abril de 2022 havia perdido a companheira Marlise Saueressig, com 75 anos de idade. Segundo depoimento do filho Camilo a um portal da região, ele havia sido internado na sexta, dia 29, com pneumonia e problemas nos rins.
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A causa da morte foi falência múltipla dos órgãos. O velório foi realizado na manhã e início da tarde do domingo(31) em Campo Bom e a cremação foi realizada no meio da tarde.
Jairo de Andrade foi um ator e um dos fundadores do Teatro de Arena em 1967. O autor do livro “Teatro de Arena – Palco de Resistência” (Libretos), o jornalista e escritor Rafael Guimaraes lamentou a morte de um dos principais colaboradores desta obra:
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“Jairo de Andrade foi um gigante. Um dos nomes mais importantes da Cultura gaúcha durante o período de resistência democrática à ditadura. Um visionário que enxergou em um porão inundado de esgoto a possibilidade de construir um pequeno teatro que logo se revelou uma cidadela. Um refúgio iluminado dos que, em meio à escuridão, procuravam a Arte, o encontro, a conversa, para alimentar o espírito. O Teatro de Arena foi sua casa, sua e da Marlise, e ali recebiam os amigos: gente de teatro, estudantes, trabalhadores, lutadores sociais, sonhadores, músicos, poetas, seresteiros, namorados. E ali ofereciam banquetes inesquecíveis: Brecht, Sartre, Dias Gomes, Nelson Rodrigues, Vianinha, Boal, Plínio Marcos, Guarnieri, Consuelo de Castro. E ali serviram Mockinpott, algo que o público de Porto Alegre jamais havia visto coisa parecida. Jairo, teimoso, brigão, corajoso, humanista até os ossos. Um imprescindível”
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