Magazine Luiza, mais conhecida como Magalu, confirma compra colossal de 60 empresas no país e transação foi vista como uma grande “rasteira” na Casas Bahia, uma das suas principais rivais
No dia 19 de março deste ano de 2024, Luiza Helena Trajano, presidente do conselho da gigantesca Magazine Luiza, mais conhecida como Magalu, concedeu uma entrevista ao portal podcast Talk Investnews para falar sobre os investimentos da empresa.
Durante o bate-papo, a presidente do conselho reforçou a compra de cerca de 60 empresas brasileiras ao longo de todos esses anos. Todo esse império construído pela poderosa do varejo acabou despertando um certo pavor das suas rivais, ainda mais das que seguem o mesmo modelo de negócio, como a também poderosa Casas Bahia.
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A citação de Trajano foi devido a lembrança envolvendo a polêmica da compra da KaBuM!. Para quem não lembra, no ano de 2021, a Magazine Luiza anunciou a aquisição da KaBuM! por R$ 3,5 bilhões, conforme exposto no portal Veja.
Ainda de acordo com o portal Veja, foi acordado que os fundadores da Kabum!, Leandro e Thiago Ramos, deveriam permanecer à frente da empresa de eletrônicos por mais 2 anos. Mas, no ano de 2023, os fundadores da KaBum! saíram do cargo e entraram na Justiça contra a Magazine Luiza e até o Itaú.
Na ocasião os irmãos alegaram que foram demitidos em retaliação por ajuizarem um processo contra o Itaú BBA e a própria empresa.
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Apesar da polêmica …
Apesar da controvérsia, Trajano defendeu a aquisição da KaBuM!, afirmando que a empresa está indo muito bem e que não há arrependimentos: “Vamos separar uma coisa da outra. O negócio da Kabum foi um negócio muito bom, está indo super bem, cresceu e não tem arrependimento”.
Ela também destacou que, das 60 empresas adquiridas pela Magazine Luiza ao longo dos anos, essa foi a única vez que enfrentaram tal situação.
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Trajano concluiu a entrevista reafirmando o compromisso do Magazine Luiza com o crescimento e a inovação, apesar dos desafios enfrentados.
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Apesar de toda polêmica envolvendo a KaBuM!, a Magalu demonstra estar no melhor momento. Inclusive, a aquisição de 60 empresas é um verdadeiro testemunho de poder da varejista, cuja qual já é uma das maiores do país, o que reforça a rasteira em rivais como a mencionada Casas Bahia.
Até porque, tantas empresas em seu poderio, faz com que a mesma tenha um portfólio de serviços extremamente superior, além do alcance de público que fica muito mais abrangente.
Apenas para nível comparativo, de acordo com dados do Poder 360, enquanto a Magalu registou um lucro de R$ 101,5 milhões no quarto semestre de 2023, a Casas Bahia teve um prejuízo líquido de R$ 1 bilhão no mesmo período.
De acordo com informações do Estadão, as vendas totais foram de R$ 63 bilhões, apresentando um crescimento de 5% comparado a 2022. Nas lojas físicas, as vendas atingiram R$ 5 bilhões no último trimestre de 2023, aumento de 4% em comparação anual.
Já nas vendas on-line, o número manteve estável. No ano de 2023, com vendas de R$ 18 bilhões (alta de 17% ante 2022), o canal se consolidou como o segundo maior da empresa à frente das lojas físicas.
Qual a origem da Magazine Luiza?
A história do Magazine Luiza (Magalu) teve início em 1957, quando Luiza Trajano Donato e Pelegrino José Donato adquiriram uma pequena loja de presentes, em Franca, no interior de São Paulo.
De acordo com a própria empresa, ao escolher um nome para a loja foi criado um concurso em uma rádio local, em que os clientes poderiam dar sugestões. Como a fundadora Luiza Donato se destacava nas vendas e era muito popular na cidade, o estabelecimento ganhou o seu nome.
Durante a trajetória da companhia houve orientação por ciclos de desenvolvimento. O primeiro começou com Luiza Helena Trajano, sobrinha dos fundadores, que assumiu a liderança da organização em 1991. Além dos próximos ciclos, que aconteceram sob os comandos de Marcelo Silva e, desde 2016, de Frederico Trajano.
Vale destacar que o Magazine Luiza já passou pelos ciclos de expansão pelo interior do país, o de entrada no mercado de São Paulo, o de consolidação como grande rede de comércio varejista do Brasil, o ciclo de busca por abrangência regional por meio de aquisições e o ciclo da transformação digital.