“A maior falência da história”: O fim de banco popular após 158 anos e milhões de correntistas desesperados

09/06/2024 às 8h00

Por: Lennita Lee
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Banco entrou em falência e desencadeou pânico e crise financeira em país (Foto Reprodução/Montagem/Lennita/Tv Foco/Canva)

Um dos bancos mais tradicionais de país acabou tendo sua falência decretada, da noite para o dia.

Em 2008, um dos bancos mais tradicionais, após cerca de aproximadamente 158 anos de existência, teve sua falência decretada gerando pânico não apenas entre correntistas como no mundo todo.

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Estamos falando do banco Lehman Brothers, fundado em 1850 e idealizado por dois irmãos na região sul dos Estados Unidos.

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Seu negociante principal era o tesouro americano no mercado de valores mobiliários. As suas principais filiais incluíam:

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  • Lehman Brothers Inc;
  • Neuberger Berman Inc;
  • Aurora Loan Services;
  • Inc., SIB Mortgage Corporation;
  • Lehman Brothers Bank;
  • FSB, Eagle Energy Partners;
  • o Grupo Crossroads.

De acordo com o portal Wiki, sua sede mundial da empresa estava em Nova Iorque, porém ele possuía outras em Londres e Tóquio, bem como escritórios localizados em todo o mundo.

A queda e desespero

Segundo o portal G1, no dia 15 de setembro de 2008, banco pediu pela sua falência de forma abrupta, já que vinha tendo prejuízos causados pela crise dos subprimes* nos Estados Unidos.

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(*sistema de hipoteca imobiliária dos Estados Unidos)

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De acordo com o G1, o gigante financeiro emitiu o seguinte comunicado a seus clientes na época

“Os clientes do Lehman Brothers, incluindo os da subsidiária Neuberger Berman Holdings LLC, podem manter suas operações ou tomar a decisão que considerarem necessária em relação a suas contas”,

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O Lehman Brothers também comunicou que seu conselho de administração autorizou o pedido de concordata a fim de proteger seus ativos e maximizar seu valor.

Essa foi considerada a maior falência da história americana, inclusive a notícia desencadeou na maior crise financeira nos mercados globais desde a Grande Depressão, em 1929.

Segundo o economista Reinaldo Gonçalves, professor titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a globalização financeira elevou as consequências para uma escala planetária:

“Esses títulos ‘podres’ do subprime foram umas coisas mais inusitadas em 200 anos de história do sistema econômico moderno. Como a economia americana é o epicentro do sistema monetário e financeiro do planeta, os impactos foram extremos”.

De acordo com a Agência Brasil, o colapso dos mercados mundiais naquele dia e pelas semanas seguintes foi tão desesperador que obrigou o Federal Reserve (FED) e o Banco Central Europeu (BCE), a injetar centenas de bilhões de dólares e euros no sistema financeiro.

A crise alastrou-se mundo afora e causou impactos sem precedentes em países como Grécia, Espanha, Irlanda, Islândia e Portugal.

Em todo o planeta, mais de 400 milhões de pessoas ficaram desempregadas na pior crise econômica desde a Segunda Guerra Mundial, só comparável à quebra da Bolsa de Nova York, em 1929, como mencionamos acima.

Passado para frente

No dia 16 de setembro de 2008, o banco britânico Barclays anunciou o seu acordo para a aquisição, sujeita à aprovação regulamentar, do banco de investimento norte-americano e divisões juntamente com o seu edifício sede de Nova Iorque.

No dia 20 de setembro de 2008, uma versão revista do referido acordo foi homologado pelo juiz James Peck.

No dia 22 de setembro de 2008, Nomura Holdings anunciou que tinha concordado em adquirir a franquia da Lehman Brothers na região da Ásia-Pacífico, incluindo Japão, Hong Kong e Austrália.

No dia 23 de setembro, Nomura anunciou a sua intenção de adquirir a Lehman Brothers e o investimento bancário e capital daquelas filiais na Europa e no Oriente Médio.

Até que o negócio se tornou efetivo, na segunda-feira do dia 13 de outubro de 2008.

Vale destacar que um ano antes da sua queda, em 2007, as filiais não-americanas do Lehman Brothers foram responsáveis por mais de 50% da receita global produzida.

A gerência de investimentos da Lehman Brothers, incluindo Neuberger Berman, foi vendida para a sua direção em dezembro de 2008.

Os credores do Lehman Brothers Holdings Inc. mantiveram 49% do capital, agora conhecida como Neuberger Investment Management, ativa até os dias atuais.

Vale dizer que o banco contava com aproximadamente 10 mil empregados, que inclusive chegaram a dar depoimentos chocantes sobre o ocorrido, como podem ver através deste link.

Quais foram os impactos gerados pela quebra do Lehman Brothers?

Conforme dissertamos ao longo deste texto a quebra do Lehman Brothers, provocada por uma bolha no mercado de financiamentos imobiliários, produziu efeitos negativos no que se conhece por economia real.

A crise financeira e a retração do crédito fizeram a atividade econômica encolher. De acordo com o Correio Brasiliense, no ano de 2009, o PIB dos EUA teve queda de 2,4%, a maior desde 1946.

Nesse período, a taxa de desocupação foi a 9%, e 8 milhões de trabalhadores do país perderam o emprego.

O ambiente deteriorou-se em todo o mundo, até mesmo no Brasil onde a economia recuou 0,6% em 2009.

Em 2023, 15 anos após essa quebra, o Silicon Valley Bank (SVB)*, um dos maiores bancos dos Estados Unidos, decretou falência ter grande parte do capital aplicado em títulos públicos que perderam valor com a alta dos juros.

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(Para saber mais sobre a crise do Silicon Valley Bank, clique aqui*)

Dias depois, na Europa, o gigante Credit Suisse praticamente faliu, mas foi comprado pelo UBS.

Mas diferentemente desta crise de 2008, esses movimentos foram ocasionados pelo aumento repentino na taxa de juros norte-americana no início do ano.

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Autor(a):

Meu nome é Lennita Lee, tenho 34 anos, nasci e cresci em São Paulo. Viajei Brasil afora e voltei para essa cidade para recomeçar a minha vida.Sou formada em moda pela instituição "Anhembi Morumbi" e sempre gostei de escrever.Minha maior paixão sempre foi dramaturgia e os bastidores das principais emissoras brasileiras. Também sou viciada em grandes produções latino americanas e mundiais. A arte é o que me move ...Atualmente escrevo notícias sobre os últimos acontecimentos do cenário econômico, bem como novidades sobre os principais benefícios e programas sociais.

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