Mais um patrocinador abandona Bruno Gagliasso após ataques de homofobia do passado
06/07/2018 às 9h47
O ator global Bruno Gagliasso se meteu em uma tremenda enrascada e está pagando por declarações dadas no ano de 2009 que vieram à tona. Após detonar uma piada preconceituosa feita pelo youtuber Júlio Cocielo em seu perfil Twitter, dizendo que o jogador Mbappé, negro, faria “uns arrastão top na praia”, Bruno o atacou.
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“Você tem noção do que são 11 milhões e 200 mil pessoas? Eu ajudo. É a população inteira da Bélgica. É um milhão a mais do que a população de Portugal. São 143 Maracanãs lotados. São todas as pessoas que ainda estão apoiando diretamente um influencer assumidamente racista”, disparou Bruno.
“Temos que cobrar posicionamento das marcas que o patrocinam, é claro. Mas são os outros famosos que ainda o seguem e, principalmente, as pessoas comuns, anônimas, que verdadeiramente me preocupam. Apoiar uma pessoa racista é ser conivente, sim”, desabafou o ator em seu perfil no Instagram.
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“Na internet, seguidor é visibilidade e dinheiro. Não basta só cobrarmos as marcas, até porque daqui a pouco aparecem outras empresas com memória curta. A forma de colocar no ostracismo e minar a popularidade é fazendo quem que essas pessoas percam seu público, a grande propulsora do trabalho delas. Não é um caso isolado. Não foi o primeiro, não será o último”, disse ele.
“A gente precisa atuar com quem realmente movimenta essa máquina: a audiência”, completou Bruno, que juntamente com a esposa Giovanna Ewbank, sugeriu um boicote ao rapaz. No entanto, as declarações se voltaram contra eles quando os tweets do galã foram “ressuscitados”. A situação ficou ainda pior quando Gio disse, em resposta a um comentário no Instagram, que as pessoas não mudam com o tempo.
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Ela afirmou que “não importa de quando foram as declarações de alguém. Era racismo antes, hoje e será sempre”, rebatendo o comentário de uma seguidora. Foi aí que os internautas acabaram encontrando publicações polêmicas do marido dela, o ator Bruno Gagliasso.
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Ele havia ridicularizado homossexuais no passado, chamando-os de “viados”, com piadinhas homofóbicas. “Papai noel é boiola pq vive com o saco na mão anda com um monte de viado e sempre aparece na noite de dia 24”, disparou ele em um post de 2009.
Agora, o ator está pagando na mesma moeda que cobrou o youtuber e uma instituição acaba de desvincular o nome do artista à sua marca. A Prefeitura do Rio de Janeiro divulgou um comunicado à revista Quem, anunciando que ele não será mais garoto-propaganda da campanha municipal contra a LGBTfobia.
Confira:
“A Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual ( CEDS Rio), vem a público esclarecer que à campanha contra LGBTfobia que circula na internet, na qual o garoto-propaganda é a ator Bruno Gagliasso, foi produzida pela gestão anterior. O ator está sendo acusado de homofobia e lesbofobia por mensagens postadas no Twitter.
A campanha fez parte do show Rio Sem Preconceito, no ano de 2015, em que foram gastos quase 2 milhões de reais para promover a festa. A atual gestão da CEDS Rio descontinuou o show Rio Sem Preconceito para priorizar os trabalhos sociais de apoio aos vulneráveis e, aposta, em militantes e ativistas para trazer visibilidade para a causa LGBTI.
Só quero lembrar a população carioca que este evento de premiação Rio sem Preconceito custou quase 2 milhões de reais aos cofres públicos. Quanto ao resto, há pessoas mais competentes, como: ativistas e militantes”.