A atriz Maitê Proença, que até pouco tempo era considerada um dos nomes de maior prestígio no casting da Globo, foi dispensada pelo canal. Em participação no Roda Viva desta segunda-feira, ela falou sobre sua demissão, e também sobre um episódio bastante trágico em sua vida: o assassinato de sua mãe pelo próprio pai.
“Não se faz uma carreira com a piedade de ninguém. Escrevi um livro (Uma Vida Inventada, 2008), que tinha elementos autobiográficos, e fiz o que pude para contar a história a minha maneira, já que a imprensa marrom agora podia falar o que quisesse”, revelou.
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Ela disse que sentiu asco do pai após o episódio: “Eu sabia que ele não ia voltar a matar, mas era muito complicado ver aquele homem que tinha destruído a própria vida e que matou também quem ele mais amava, uma pessoa que eu amava mais do que a ele”.
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MAITÊ FALOU SOBRE ASSÉDIO E DEMISSÃO
“Eu fui assediada várias vezes, mas dava um “passa-fora” para acabar aquela situação. Mas às vezes o sujeito é inteligente. Passa dez anos tirando papéis de você porque não cedeu ou falou alguma coisa que não agradou. Ele mina seu trabalho”, disse ela, que preferiu não citar nomes.
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Ainda na conversa, ela revelou que um dos diretores queria seu namorado e para isso tentou armar para cima dela. “Um diretor queria meu namorado. Ele precisou me tirar do caminho porque achava que seria mais fácil chegar a ele. Depois de seis meses que, em conversa com Boni, fiquei sabendo o que ocorreu. Esse diretor tinha me pedido para jogar uma garrafa contra a parede, como se fosse um ensaio. Ele gravou, mandou para o Paulo Ubiratan (diretor de novelas da Globo) e disse eu que era louca e que era impossível me dirigir”.
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Maitê revelou ainda que não recebeu nenhum aviso prévio da Globo antes de ser demitida: “Foi muito estranho eu ser demitida sem nenhum aviso. Só soube quando começaram os boatos na imprensa de que eu já tinha sido dispensada. Liguei para a pessoa que tinha me dito que o meu contrato seria renovado e me falaram que, de fato, ia ser descontinuado”.
Funcionária da Globo desde 1973, Maitê revelou como funcionava o pagamento: “Recebia um salário base e tinha que pedir para fazer um filme, comercial ou peça de teatro. E você recebe um adicional quando está aplicado em uma novela ou minissérie, por exemplo”.