Entre chove e não molha, a Globo inundou Malhação e decreta o seu fim após 26 anos
Ao que parece o espírito inquieto de Silvio Santos baixou na alta cúpula da Globo, e a vítima, desta vez é Malhação. A novela que estreou em 1995 e se transformou no celeiro de talentos da emissora teve o seu fim decretado após 27 temporadas.
Segundo Patrícia Kogut na última terça-feira, 28 de setembro, os irmãos Carvalho, Eduardo e Marcos, autores da próxima temporada inédita, foram informados da decisão. Obviamente foram pegos de surpresa já que o projeto estava em produção.
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O diretor Paulo Silvestrini já estava fazendo testes para o então novo elenco. Havia saído a notícia de que a trama se passaria na pior escola pública do país que ficaria em um bairro da Zone Norte do Rio de Janeiro. Os alunos lutariam contra o fechamento da escola.
Pela primeira vez, uma novela teria o elenco com 70% com atores e atrizes negros. No entanto, será que tudo isso foi por água abaixo? Pode ser que não, existe a possibilidade de aproveitarem a sinopse, que é desenvolvida desde 2020, no Globoplay ou mesmo na TV aberta, mas sem o título de Malhação.
Esta não seria a primeira vez que isto acontece já que antes desta temporada inédita, outra sob a autoria de Priscila Steinman e Marcia Prates, intitulada Transformação, também foi cancelada. Neste caso, a novela estava totalmente escrita e só não foi para o ar porque a Globo foi afetada pela pandemia do Covid-19.
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O QUE ROLOU?
Kogut também informou que a Globo vai reformular a sua programação das tardes para o próximo ano. Há a expectativa de abrir um novo horário para reprise no Vale a Pena Ver de Novo. Ainda que parece que o real motivo para a Globo tomar esta decisão seja conter gastos. Ou seja, dinheiro.
Por esta razão a emissora encurtou Um Lugar ao Sol, está dispensando contratos fixos com suas estrelas e até mesmo perdendo a exibição exclusiva de campeonatos de futebol. De qualquer maneira, o público, ainda que dividido, não aceitou bem este fim.
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Há quem diga que o formato da trama juvenil está desgastado e precisava acabar, porém há quem diga que o que faltou foi rotatividade de autores.
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Exemplo disso é a temporada Viva a Diferença (2017) de Cao Hamburger, que fez tanto sucesso que ganhou até um spin-off, ou seja, um produto derivado, no caso, As Five. Série que tem a segunda e a terceira temporada garantida no Globoplay.
Na própria terça (28) quando a notícia estourou, os noveleiros de plantão estavam repercutindo o caso e o nome Vagabanda ficou entre os assuntos mais citados. A banda fictícia pertence a história da temporada de 2004 de Malhação protagonizada por Juliana Didone e Guilherme Berenguer, que teve como destaque Marjorie Estiano.
Há quem defenda a reprise da temporada ou mesmo da primeira Malhação de 1995 que estreou com Danton Mello, Carolina Dieckmann, Cláudio Heinrich e Fernanda Rodrigues.
A PRIMEIRA TEMPORADA:
Cláudio Heinrich e Fernanda Rodrigues na primeira Malhação (Foto: Reprodução/Globo)
Esta vontade partiu porque a Globo decidiu que a exibição da reprise de Malhação – Sonhos (2014) será a última. A mais recente temporada inédita foi a Malhação – Toda Forma de Amar de 2019, que teve o seu final antecipado e mal feito.
O ator Pedro Novaes e a atriz Alanis Guillen, os protagonistas Filipe e Rita, voltaram a gravar no meio da pandemia apenas para contar o final dos outros personagens em uma cidade cenográfica vazia.
Seria um sinônimo do descaso da Globo com uma novela que já rendeu tantos frutos?
O ÚLTIMO FIM:
Final de Malhação Toda Forma de Amar foi simbólico para o seriado (Foto: Reprodução/Globo)
