O acidente que matou todos os integrantes da banda Mamonas Assassinas aconteceu em 1996, há 23 anos, mas muitos mistérios sobre o acidente ainda estão no ar. Um deles foi desvendado e informações da caixa preta do avião que causou a tragédia revela erros humanos. Falha na comunicação foi o principal deles.
A tragédia de 1996 ainda carrega muitos mistérios. Porém, a maioria deles foi desvendado com a divulgação da caixa preta do avião que caiu e matou todos da banda Mamonas Assassinas. Para começo de conversa, tudo começou errado naquele voo. Começando que, em 15 minutos depois de decolar, a aeronave perdeu contato com o aeroporto de Brasília, onde os garotos fizeram seu último show. Com isso, passaram a conversar com a torre de Guarulhos.
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Até então, parece mais um voo normal. O tempo está perfeito, não há nenhum impedimento. Depois de cinco minutos, com cerca de 40 km de distância da pista, a torre de Guarulhos pede que o co-piloto informe a posição. Então a partir daí começa o início dos erros. O homem que comandava o avião onde os Mamonas Assassinas estavam, respondeu que se encontrava em 180, porém, estava enganado. Era 170. Com essa informação, pedem que o profissional vire o avião a 10 graus.
Alguns minutos se passaram e a torre volta a se comunicar com o co-piloto e pede informações da velocidade do vento. O rapaz consulta o aparelho de bordo, que registra 400 km por hora (velocidade essa impossível, já que se encaixa em um tufão). Mas então o profissional que comandava o avião percebe que o dispositivo não estava funcionando e que não poderia passar essas informações. A torre então desconsidera e a viagem dos Mamonas Assassinas segue normalmente.
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Nos três minutos finais dessa viagem, as coisas começaram a ficar estranhas. Com a perda de comunicação com uma torre, passaram a falar com outra. Sem conseguir pousar, dessa vez quem fala com a torre é o piloto. Ele disse que iria fazer o avião subir e depois tentar fazer a volta para fazer o pouso. A manobra feita é correta, mas o retorno deveria ter sido feito virando à direita, pois a esquerda estava a montanha. O comandante do avião dos Mamonas Assassinas diz que fará esse retorno e a torre não o corrige. Mas em seguida, outra falha na comunicação acontece.
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“Prossiga então para o setor sul”, diz a torre. A torre disse ‘sul’, mas por algum motivo, o piloto entende ‘norte’. Se tivesse seguido os comandos da torre, teriam feito a decolagem. Mas foram para o outro lado onde estava a Serra da Cantareira. Entretanto, tinha mais uma chance. Ainda sem conseguir um bom ângulo para ficar de frente para a pista, o piloto decide fazer outra manobra. Se essa manobra tivesse sido feita com perfeição, não haveria acidente e os Mamonas Assassinas estariam vivos.
Uma coisa impediu essa manobra ser feita: a torre informou que não podia fazer naquele momento, pois outras duas aeronaves estavam se preparando para aterrissar. Com isso, essa torre pede que o piloto fale com outra torre, que indica que eles seguissem reto com a aeronave.
Nesse momento, falta apenas 10 segundos para a morte dos Mamonas Assassinas e do restante da tripulação. O avião deles não tinha um aparelho que detecta obstáculos à frente. Continua com as instruções da outra torre e segue reto. Não há pânico ou sinal de desespero no local. “Afirmativo”. Essa foi a última fala do piloto e dois segundos depois, a aeronave colidiu com a montanha.