A intolerância religiosa está sendo abordada em Mar do Sertão.
Para defender Lorena (Mariana Sena), o padre Zezo (Nanego Lira) larga até a batina em Mar do Sertão. O personagem deixou isso evidente quando agrediu Vanclei (Marcelo Mello Jr.) para proteger a filha de criação na trama escrita por Mário Teixeira.
Esse lado durão ficará ainda mais marcante nos próximos capítulos de Mar do Sertão, afinal um segredo bombástico de Lorena será escancarado. Inclusive o intérprete do padre Zezo já até gravou a cena misteriosa.
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Em entrevista ao Notícias da TV, Nanego Lira revelou que Mar do Sertão terá uma reviravolta envolvendo o seu personagem na novela das seis da Globo.
“Por que abandonar uma criança? É justificável ou não? A gente julga o pai ou a mãe que abandonou, mas é muito fácil julgar“, afirmou o ator de Mar do Sertão, onde menciona uma cena com a pastora Dagmar (Heloísa Jorge), na qual ela detona o religioso por ter agredido Vanclei.
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O público acredita que a pastora Dagmar é a mãe biológica de Lorena. Porém, algo que aguça a curiosidade dos telespectadores é se poderá acontecer algum envolvimento amoroso entre o padre e a pastora.
“Posso dizer que essa relação do padre com a pastora vai desdobrar em várias outras coisas. Algumas já estão apontadas. O público já percebeu quais serão os caminhos desses personagens (risos). Tem a ver com a Lorena, tem a ver se ele e a pastora terão ou não uma relação, enfim”, disparou Nanego Lira, quase dando um spoiler sobre uma reviravolta na trama.
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PERSONAGEM DIFÍCIL
Criado numa cidade interiorana, Nanego Lira sabe muito bem o poder que um padre tem no sertão. Além do religioso, o prefeito e o delegado são figuras que são respeitadas no local.
Para o padre Zezo, ter que administrar a fé de uma cidade inteira se torna um fardo pesado. Enquanto isso, o personagem de Nanego Lira tem de fazer de bobo para as emboscadas de Timbó (Enrique Diaz) e pegar os comerciantes corruptos pelo colarinho.
“O padre sabe quem é o Timbó. Ele é um malandro, mas é ingênuo. Leva suas vantagens naquela miséria, naquele contexto dele. As pessoas se deixam enganar. Ele diz que faz o que faz pelo bem do povo, e acaba sendo. A farsa da compadecida era para salvar Zé Paulino; com o santo falso, ele arrecadou dinheiro para Adamastor ir embora… Ele é uma boa pessoa. É o que resta para ele”, afirmou o ator de Mar do Sertão.
Bastante intenso, o ator revelou que o diretor de Mar do Sertão, Bernardo Sá, pediu para ele baixar um pouco o tom nas primeiras gravações, tamanha vontade de esbravejar aos quatro cantos.
“Ele disse: ‘Nanego, você tem que diminuir essa energia, a história só está começando. Você ainda vai ter que dar um soco numa pessoa, e já está no limite da braveza'”, relembrou o artista.
A amizade com a pastora Dagmar é um símbolo de tolerância religiosa que está sendo abordada, não somente em Mar do Sertão, mas também em Vai na Fé, novela das sete da Globo.
“A fé sempre foi usada pela política, pelos próprios religiosos, em prol de coisas não muito republicanas. A gente está vivendo num Brasil que exacerbou o uso político da fé em prol de ideais nem um pouco republicanos […] Eu acredito, pelo histórico da Globo, que esse abuso em prol de uma política fascista e nazista esteja na pauta”, pontuou Nanego Lira.