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Fim no aeroporto de GRU e terror em + 28: Empresa gigante afunda como a Gol com terror de falência em julho

02/07/2024 às 8h37

Por: Lennita Lee
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Grande empresa brasileira acaba de pedir pela sua recuperação judicial e vivencia mesmo terror da GOL (Foto Reprodução/Montagem/Lennita/Tv Foco/Canva/GRU/Gol)

Empresa tradicional frequentada por milhares de brasileiros acaba de anunciar terror vivenciado em 28 unidades da sua marca e afunda com dívidas e possibilidade de falir diante de crise financeira

E mais uma grande empresa, cuja marca e serviço são muito amados por milhares de brasileiros, anuncia passar pelo terror da falência neste ano de 2024.

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O mais curioso é que uma das unidades afetadas fica localizada em um dos maiores aeroportos da America Latina, o GRU, na região metropolitana de São Paulo.

Estamos falando da icônica Casa do Pão de Queijo e que apesar de ser de um setor completamente diferente da GOL, elas atravessam pelo mesmo problema e podem afundar a qualquer momento se as coisas não mudarem.

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Apenas para contextualizar, a GOL Linhas Aéreas, iniciou um processo pela sua recuperação judicial, ainda no mês de janeiro de 2024, após registrar um prejuízo bilionário e sua situação foi tão crítica que a mesma precisou recorrer ao capítulo 11 dos Estados Unidos pelo fato das normas do processo serem bem mais brandas, como podem ver através desse link*

Inacreditável

Obviamente que tal notícia não desceu com facilidade, afinal de contas a rede de cafeterias Casa do Pão de Queijo possui uma tradição de respeito no país e como mencionamos é amada por milhares de brasileiros que frequentam suas unidades por motivos diversos. Seja para um cafézinho despretensioso no meio da tarde ou até mesmo tomar um bom desjejum antes do trabalho, a Casa do Pão de Queijo sempre foi uma das melhores opções.

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Segundo o portal G1, a gigante entrou com um pedido de recuperação judicial ainda na última sexta-feira (28), em Campinas (SP), com uma dívida estimada em R$ 57,5 milhões.

Esse pedido se refere à holding e suas 28 filiais, todas localizadas em aeroportos como o GRU, mas não tem impacto sobre as 170 franquias da rede, segundo informado pela própria empresa ao portal da Globo.

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Apenas para se fazer entender, uma filial é uma loja gerida pela própria marca, enquanto a franquia é uma unidade em que terceiros adquirem o direito de operar a marca com capital próprio, repassando um valor à empresa.

Do total da dívida da Casa do Pão de Queijo, o montante de maior valor diz respeito aos credores quirografários, que são aqueles que não têm nenhuma garantia ou direito de preferência nos pagamentos, o que soma R$ 55,9 milhões.

Também há uma dívida estimada em cerca de R$ 1,4 milhão com credores enquadrados como Microempreendedores ou Empresas de Pequeno Porte, e R$ 224,3 mil em dívidas trabalhistas.

Além dos valores listados na recuperação judicial, o pedido também menciona que detém uma dívida de R$ 53,2 milhões com outros credores e outros R$ 28,7 milhões em dívidas tributárias com municípios, estados e a União.

Unidades fechadas:

Ainda de acordo com o G1, conforme exposto pela própria Casa do Pão de Queijoa operação de suas lojas próprias segue normalmente apesar da recuperação judicial.

Em decorrência da crise financeira que a empresa atravessa, 19 filiais foram fechadas até agora. Além da que fica no GRU, as demais são:

  • 5 localizadas no Aeroporto Internacional de Brasília (DF);
  • 4 no Aeroporto Internacional de São Gonçalo do Amarante (RN),
  • 1 no Aeroporto Internacional de Fortaleza (CE);
  • 1 no Aeroporto de Vitória (ES);
  • 1 próxima ao Aeroporto de Jacarepaguá (RJ),
  • 1 em Tamboré, bairro de Barueri (SP);
  • 1 no bairro Vila Nova Conceição, em São Paulo (SP);
  • 1 na Faria Lima, avenida famosa de São Paulo (SP);
  • 1 na Rua Oscar Freire, em São Paulo (SP);
  • 1 no Shopping Pátio Paulista, em São Paulo (SP);
  • 1 no Shopping Metrô Tatuapé, em São Paulo (SP);
  • 1 no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP).

Para além das lojas que já foram fechadas e as demissões ocorridas neste processo, a companhia informou que não deve representar mudanças abruptas para os funcionários das filiais que seguem em operação.

Sobre a oferta de produtos nas lojas próprias, todas localizadas em aeroportos, a empresa diz que, por enquanto, não haverá nenhuma redução. “A vida segue normalmente na Casa do Pão de Queijo”.

A empresa ainda reforça que nada mudará para o consumidor final, ou seja, nós frequentadores.

Apesar da crise, a Casa do pão de Queijo diz que acredita em sua reestruturação e que a volta à normalidade é completamente viável, caso o plano de recuperação judicial seja aprovado.

Além disso, a empresa afirma que novas franquias serão inauguradas nos próximos meses e que “também estão previstos lançamentos de produtos no final do ano, como de costume”.

Sobre a reestruturação, a companhia diz, no pedido de recuperação, que “possui um “goodwill” (termo que se refere ao status e credibilidade da marca) absolutamente capaz de promover sua recuperação e reorganização”.

Após a Justiça aceitar o pedido, a empresa agora tem um prazo de 60 dias para apresentar o seu plano de recuperação judicial, que precisa ser aprovado pelos credores.

A empresa pediu, no entanto, a antecipação dos efeitos do “stay period” , período em que são suspensas todas as ações e execuções de dívidas contra a empresa em recuperação, para a preservação das atividades do negócio:

“Isso porque, como é sabido, no momento que a dificuldade financeira se torna pública, os credores em geral, reduzem muito, quando não cortam totalmente as linhas de créditos até então dadas às empresas”.

Mas o que aconteceu afinal com a Casa do Pão de Queijo?

Segundo o G1, entre os anos de 2014 e 2019, a Casa do Pão de Queijo abriu dezenas de novas lojas próprias, impulsionada por eventos que trouxeram uma grande movimentação para os aeroportos brasileiros, com destaque para a Copa do Mundo em 2014 e as Olímpiadas de 2016.

Conforme exposto pela própria empresa, naquele momento, ela acabou se tornando a principal rede de cafeterias em aeroportos no Brasil e vinha experimentando um “crescimento sólido”.

Até que, em 2020, chegou a pandemia de Covid-19, e assim como ocorreu com dezenas de varejistas e comércios gerais, o trânsito de pessoas (principalmente nos aeroportos) diminuiu e consequentemente os números de consumo.

Nos três primeiros meses de pandemia, a companhia perdeu 97% de seu faturamento, e encerrou o ano com uma queda de 50%. 

Naquele momento, segundo a empresa, as lojas recém-inauguradas em Fortaleza e Porto Alegre estavam ainda em fase de consolidação, e a rede tinha “financiamentos significativos a serem pagos“.

Obviamente, com o lockdown em todos os lugares (ainda mais em aeroportos) por várias semanas essa retomada das operações foram extremamente lentas e desafiadoras.

Como resultado, a Casa do Pão de Queijo teve centenas de funcionários impossibilitados de trabalhar nas lojas, levando à perda de produtos estocados.

Fora isso, a companhia alega que aeroportos continuaram cobrando aluguéis mesmo com a redução de passageiros, o que resultou ainda mais em “dívidas injustas e impagáveis”.

Também por conta da pandemia, franqueados da Casa do Pão de Queijo tiveram de encerrar suas operações, diminuindo o faturamento da rede, ao mesmo tempo em que sua produção era interrompida pelas medidas de isolamento social.

Segundo a empresa, também contribuiu para sua crise financeira a dificuldade em obter linhas de créditos viáveis, e um dos investimentos recentes deu errado: uma parceria com uma multinacional mexicana do setor de alimentos.

Por fim, as cheias históricas no Rio Grande do Sul impactaram a operação das lojas localizadas no Aeroporto de Porto Alegre:

“A tragédia climática causou um impacto financeiro negativo de quase R$ 1 milhão por mês em vendas e uma perda de EBITDA de aproximadamente R$ 250 mil por mês. Sem previsão de retorno à normalidade, a empresa teve que demitir 55 funcionários, agravando ainda mais a crise.

Veja abaixo a nota na íntegra da Casa do Pão de Queijo:

“A Casa do Pão de Queijo, fundada em 1967, experimentou sólido crescimento e franca expansão a partir da icônica receita de pão de queijo que se mantém como carro-chefe da empresa. No entanto, foi fortemente impactada pela pandemia de Covid-19, que obrigou a suspensão de atividades por razões sanitárias com a consequente perda de produtos, sem uma contrapartida suficiente em termos de aluguéis de lojas, pagamento de funcionários e contratos com fornecedores.

A essa situação, acrescentou-se um cenário macroeconômico pouco favorável, em especial com os juros altos que afetaram não apenas a companhia, mas também vários setores da economia, notadamente o Varejo.

Mais recentemente, novos episódios climáticos desfavoráveis também implicaram perda de receitas relevantes, o que levou a Casa do Pão de Queijo a entrar com um pedido de Recuperação Judicial (Processo nº 1000235-18.2024.8.26.0354) visando à uma ampla e negociada solução para a situação financeira atual, de modo a permitir à Direção da empresa honrar todos os seus compromissos.

As operações da companhia devem continuar normalmente na fábrica, nas lojas próprias e nas franquias, que, inclusive, devem abrir novos pontos de venda. Também estão previstos lançamentos de produtos no final do ano, como de costume.

É pertinente salientar que, ao longo de toda a sua história, a Casa do Pão de Queijo se tornou uma referência no mercado brasileiro em termos de tradição, inovação, qualidade de seus produtos e continuado respeito a seus fornecedores, clientes e colaboradores.”

Importância da Casa do Pão de Queijo:

A Casa do Pão de Queijo é uma empresa tipicamente brasileira com 57 anos de sucesso.

Fundada ainda em 1967 na comercialização de pão de queijo, ela ela foi responsável pelo hábito que virou mania nacional: comer pão de queijo sempre quentinho.

Criada por Dona Arthêmia, a receita especial que deu origem ao pão de queijo mais famoso do Brasil é a mesma até hoje.

Tanto sucesso deu origem a uma linha de produtos e permitiu à CPQ se tornar uma franqueadora, com lojas espalhadas por todo o país.

Casa do Pão de Queijo

Autor(a):

Meu nome é Lennita Lee, tenho 34 anos, nasci e cresci em São Paulo. Viajei Brasil afora e voltei para essa cidade para recomeçar a minha vida.Sou formada em moda pela instituição "Anhembi Morumbi" e sempre gostei de escrever.Minha maior paixão sempre foi dramaturgia e os bastidores das principais emissoras brasileiras. Também sou viciada em grandes produções latino americanas e mundiais. A arte é o que me move ...Atualmente escrevo notícias sobre os últimos acontecimentos do cenário econômico, bem como novidades sobre os principais benefícios e programas sociais.

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