Empresa gigantesca no ramo de calçados teve sua falência decretada e situação respingou em funcionários
E uma importante fábrica voltadas a confecção de calçados, que faz parte da vida de muitos brasileiros, após acumular dívidas teve a sua falência decretada pela Justiça e um triste desfecho, após crise, que deixou muita gente chocada.
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Estamos falando da fábrica de calçados, do Grupo São Francisco, localizado em São Francisco de Paula (RS) e Parobé (RS). Sua falência foi decretada pela Justiça, em meados de abril de 2023.
Mar de dívidas e escândalo
De acordo com o portal Exclusivo, a empresa estava afundada em dívidas que somadas chegavam ao valor de R$ 32,7 milhões. Vale mencionar que o empreendimento havia feito pedido de recuperação judicial e o plano seria votado pelos credores neste mês.
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No entanto, cerca de 158 funcionários da companhia foram surpreendidos ao chegarem para trabalhar e encontrar as portas da fábricas completamente fechadas e sem os maquinários.
O mais escandaloso nisso tudo é que conforme foi despachado pelo Juiz de Direito da Vara Regional Empresarial de Novo Hamburgo, Alexandre Kosby Boeira, houve a constatação de abandono do empreendimento e de que a retirada dos equipamentos era para evitar que fossem vendidos para a quitação das dívidas.
Em nota, o Juiz constata a comprovação do abandono do negócio e desvio patrimonial, tendo plena caracterização da insolvência e convolação da recuperação judicial em falência.
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Foi também constituído o modo mais célere de recuperação e realocação dos ativos do empreendimento inviável, a fim de, por um lado, zelar pelo bom funcionamento das estruturas de mercado e por outro maximizar seu valor para que os credores possam ser minimamente satisfeitos.
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Ainda de acordo com o portal Exclusivo, a empresa informou que a crise foi agravada pela pandemia de Covid-19, que impactou a produção e consequentemente, o faturamento.
Funcionários na mão
Em Parobé/RS, a empresa mantinha 120 funcionários.
Conforme o presidente do Sindicato dos Sapateiros de Parobé (Sindparobé) e da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Calçado e Vestuário do RS (FETICVERGS), João Pires, há alguns anos a calçadista não cumpria com as suas obrigações trabalhistas.
Foi alegado por ele que a mesma não depositava o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) dos funcionários, além disso a empresa não cumpria com os pagamentos das rescisões.
Segundo ele, os trabalhadores estavam recebendo suporte do sindicato para garantir o que era de direito.
Ainda conforme Pires, por meio da Justiça, o sindicato dos trabalhadores conseguiu recuperar dois caminhões com máquinas que haviam sido retiradas da fábrica de Parobé.
Já na cidade de São Francisco de Paula/RS, a calçadista empregava 38 funcionários.
Sindicato dos Trabalhadores do Calçado e Vestuário de Gramado (Foto Reprodução/Internet)Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Calçados e Vestuário de Gramado, Canela e São Francisco de Paula, Nelson, Gross, há cerca de um ano a empresa não depositava o FGTS dos trabalhadores.
De acordo com ele, a empresa havia solicitado o parcelamento do pagamento do FGTS e que também não estava sendo cumprido.
Conforme o dirigente, o sindicato está dando suporte aos demitidos na solicitação do Seguro-Desemprego e na regularização dos pagamentos do FGTS.
Qual foi o desfecho da falência da fábrica?
Segundo o que foi publicado pelo portal GZH, o advogado Diego Estevez, que era o administrador judicial da empresa na recuperação judicial, foi quem relatou à Justiça sobre o esvaziamento da fábrica.
Desse modo, a empresa foi lacrada, e também foi organizado um leilão com os bens que sobraram.