Famosa marca de cerveja acabou arrancada dos mercados e está lutando bravamente contra dívida milionária e falência
Mais uma empresa está lutando contra uma recuperação judicial em 2023. Desta vez, trata-se da cervejaria Três Lobos, proprietária da marca Backer, cujo pedido foi aceito pela 2ª Vara Empresarial da Comarca de Belo Horizonte.
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De acordo com o site “Guia da Cerveja”, as obrigações financeiras da empresa sujeitas à recuperação judicial totalizam aproximadamente R$ 55,5 milhões. Essas dívidas acumularam-se após um ocorrido envolvendo a marca Backer.
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BACKER
No final de 2019, ocorreu um incidente em que dezenas de pessoas foram intoxicadas por monoetilenoglicol e dietilenoglicol após consumirem a cerveja Belohorizontina, que é produzida pela Backer. Infelizmente, houve o registro de 10 óbitos e várias outras pessoas ficaram gravemente feridas, algumas com sequelas permanentes.
Em janeiro de 2020, a Polícia Civil de Minas Gerais iniciou uma investigação após surgirem casos de internações relacionadas ao consumo da cerveja Belorizontina.
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Após as investigações, foi constatado que a contaminação das cervejas ocorreu devido a um vazamento no tanque da fábrica da Backer, resultando na presença dos compostos tóxicos mencionados.
Consequentemente, um total de 11 pessoas, incluindo sócios-proprietários da cervejaria Backer, tornaram-se réus em um processo criminal devido à contaminação das cervejas fabricadas e comercializadas.
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MULTA
Após o ocorrido, a fábrica da cervejaria em Belo Horizonte permaneceu fechada por mais de dois anos, com a suspensão da produção e comercialização de suas cervejas até abril de 2022. Além disso, o Ministério da Agricultura (Mapa) aplicou uma multa de R$ 5 milhões à Backer em relação ao caso.
A decisão judicial referente ao pedido de recuperação foi publicada em 19 de junho. A Três Lobos, empresa proprietária da Backer, tem um prazo de 60 dias para apresentar o plano de recuperação judicial. Caso não cumpra essa exigência, a falência da cervejaria será decretada.
De acordo com o “Guia da Cerveja”, o juiz Adilon Cláver de Resende, responsável por aceitar o pedido de recuperação, determinou que os serviços essenciais de água e energia elétrica sejam mantidos, mesmo que a cervejaria esteja inadimplente com esses pagamentos.
Além disso, Resende suspendeu o processo de despejo do imóvel alugado pela empresa, onde estão localizadas a sede administrativa e o parque industrial da Backer. O terreno está situado na capital mineira.
Cerveja Backer (Foto: Reprodução/ Internet)
