A Anvisa chegou a baixar proibição para uma marca famosa de sal e situação atual, após a determinação do órgão regulador, é essa
No dia 15 de maio deste ano de 2023, um lote de uma marca de sal, conhecida em todo território nacional, acabou sendo proibida de ser comercializada pela ANVISA, após ser constatada uma descoberta que apresentava risco à saúde
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Estamos falando da linha Sal Rosa do Himalaia Fino Iodado, da marca Smart, cuja responsabilidade é da empresa Latinex Internacional Importação e Exportação LTDA.
A proibição
De acordo com a própria Anvisa, o lote proibido em questão é o de nº lote nº 040122, conforme a resolução RESOLUÇÃO-RE Nº 1.712, cuja informação foi devidamente publicada no DOU (Diário Oficial da União) no dia 16 de maio de 2023.
A ação que fez com que o produto fosse retirado às pressas do supermercado foi motivada após o Laudo de Análise Fiscal Definitivo nº 40.1P.0/2022, emitido pelo Instituto Adolfo Lutz, Laboratório Central do Estado de São Paulo, apresentar resultados insatisfatórios para o teor de iodo, que estava muito acima do limite máximo estabelecido*
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*O sal para se considerar sadio, de acordo com o portal Reicen, o sal deve possuir entre 15 e 45 mg de iodo/kg do produto, conforme estabelece a Resolução RDC nº23 de 24 de abril de 2013, e isso vale em todo território nacional
Como está a situação da marca agora?
Como a proibição foi referente ao lote específico, as demais linhas da marca, bem como os demais lotes do produto, estão sendo vendidos normalmente nos principais mercados e sites do e -commerce.
Tanto é, que de acordo com apurações do TV Foco, o sal é vendido na faixa de R$15 a R$30 reais, dependendo da quantidade do pacote e variantes.
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Foi constatado também que a empresa responsável pela marca NÃO CHEGOU a emitir nenhuma nota de esclarecimento pelo assunto, porém, como mencionamos, o caso foi devidamente resolvido fazendo com que a marca pudesse voltar a ser comercializada normalmente.
Porque que o nível de iodo é tão importante?
De acordo com o “Mundo da Boa Forma”, o iodo é um nutriente essencial para a saúde humana, uma vez que o mineral é utilizado na tireoide para a síntese dos hormônios T3 e T4.
Esses hormônios são importantes para o crescimento físico e neurológico, assim como para a manutenção do metabolismo do corpo.
A deficiência de iodo pode afetar a produção de T3 e T4, caracterizando um quadro conhecido como distúrbios por deficiência de iodo, que podem causar retardo mental grave e irreversível em crianças, surdo-mudez, anomalias congênitas e bócio.
Como se não bastasse, a má nutrição de iodo está associada a taxas elevadas de natimortos e nascimento de crianças com baixo peso, problemas no período gestacional, maior risco de abortos e mortalidade materna.
Para evitar problemas de saúde relacionados à deficiência de iodo, o Brasil tornou obrigatória a adição do mineral ao sal de cozinha desde a década de 1950.
A resolução nº 604/2022 da Anvisa determina que o sal deve conter um teor mínimo de 15 mg/kg de iodo e máximo de 45 mg/kg. Esses limites foram estabelecidos com base em recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Segundo a Secretaria de Atenção Primária à Saúde, do Ministério da Saúde, na época da implementação dessa política, 20% dos brasileiros sofriam de distúrbio por deficiência de iodo. Com o passar das décadas, houve uma redução significativa nesse número, chegando a 1,4% em 2000.