Marcelo de Carvalho quer trazer Adriane Galisteu de volta à TV e alfineta “Pânico”: ‘Depois que saiu daqui, perdeu a mão’
22/02/2017 às 10h23
Há seis anos à frente do “Mega Senha”, o apresentador e dono da RedeTV! Marcelo de Carvalho se prepara para o lançamento de seu novo programa, “O Céu é o Limite”, que estreia em março.
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A expectativa é grande, e seis cotas de patrocínio estão sendo vendidas por R$ 4,892 milhões mensais. A previsão de Carvalho é que o faturamento anual do programa fique próximo dos R$ 60 milhões. Seara, Linha Sidney Oliveira e Ultrafarma já garantiram seu espaço.
Segundo ele, a fórmula do programa combina conhecimento, sorte, atenção e muita calma. São seis participantes em cena e mais dois personagens famosos. “O palco é redondo, com púlpito giratório 360 graus que me permite observar tudo em tempo real. Cada etapa contempla uma prova diferente. A primeira é um desafio de assuntos verdadeiros e falsos. O participante deve usar sua memória afetiva para não fazer confusão”, declara em entrevista para o Propaganda&Marketing.
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“Depois vem o ABC, em que cada letra contém uma pergunta. Os participantes vão acumulando prêmios em dinheiro. A cada erro, o valor muda de mãos, até o vencedor ser definido. Há um duelo no qual quem erra uma resposta perde a metade do prêmio. Mas pode recuperar na pergunta seguinte. No “Mega Senha”, quem ganha vai embora com o seu prêmio. Já em “O Céu é o Limite”, não. Ele permanece como atração do programa. Como gosto de famosos nos meus programas, interferi um pouco no formato original e vamos ter sempre dois artistas atrapalhando a vida dos finalistas”, explica.
Antes de realizar a compra do formato, ele se dedicou às pesquisas de outros programas na Sony, Freemantle e Endemol até que assistiu aos apresentadores italianos Carlo Conti e Fabrizio Fizzi em ação no “L’Eredita”, sucesso diário da RAI (Radio e Televisão Italiana). Aqui no Brasil passará dois dias por semana.
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“O programa era produzido pela Magnolia, comprada pela Banijay, sociedade das famílias Agnelli (Fiat) e Arnault (LVMH), e é gravado nos estúdios Cinecittà. Nesse momento encerrei a caça ao tesouro. Fiquei convicto de que o público brasileiro iria aprovar. O formato é quente e vivo. Prende a atenção”, comenta Marcelo.
O empresário também comentou sobre seu sócio na RedeTV!, Amilcare Dalevo. “Nos completamos. Eu, com origem em vendas, fico mais atento aos negócios. Ele, na parte tecnológica e operações. Mas decidimos tudo de forma conjunta”, destaca.
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As chamadas da atração já estão sendo vinculadas na emissora, e ele fez questão de levar uma equipe de engenheiros e arquitetos para a Itália para que o ambiente e o design original fossem reproduzidos 100% no Brasil. “O cenário é uma espécie de disco voador. O estúdio que vamos gravar tem 750 metros quadrados, com capacidade para 250 pessoas. Usamos o manual de procedimentos da última versão e seguimos à risca o design, a planta de colometria, que envolve todas as luzes, estrutura de palco e um monitor de LED. O programa usa as mudança de cores para destacar um momento tenso. Nesse caso é o vermelho. Quando um competidor olha para o outro, o ambiente fica amarelo; e quando está tudo bem, a cor azul prevalece”, detalha Carvalho.
Questionado, Marcelo falou sobre uma de suas inspirações em ser apresentador e empresário. “O Silvio Santos é um benchmark. Ele é dono, apresentador e não tem medo de fazer mudanças na programação. É uma inspiração. Sou um profissional de televisão há cerca de 30 anos. Comecei na Rede Globo, na equipe do Jorge Adib, com quem aprendi muito”.
Para ele, a chega de Boris Casoy foi um “upgrade” para o “RedeTV! News”. “O Reinaldo Azevedo trouxe um tom mais crítico”, resume ele, sobre o comentarista do noticiário. Falando em contratações, ele também promete trazer de volta a apresentadora Adriane Galisteu à grade da Rede TV! ainda este ano.
“A Rede TV! está para as outras emissoras como a Apple está para a IBM. Somos uma empresa vanguardista, mais nova, arrojada e a que mais arrisca. Nosso DNA está sempre na contramão do mercado. Quando ninguém era digital, fomos a primeira a ter tudo digital. Quando o Brasil virou digital, seis meses depois já estávamos transmitindo em HD. O telespectador acessa a nossa programação pelo Google sem custo. E não precisa de wi-fi no Metrô para receber o nosso conteúdo. Quando um canal exibe novela, apresentamos o jornal do Boris. Quando estão no jornalismo, colocamos no ar o TV Fama. O UFC, que só era exibido no Canal Combate, chegou à TV aberta pela RedeTV! ”, explica.
Ele aproveitou para alfinetar a equipe do “Pânico na Band”, que tem sofrido derrotas para o “Encrenca”, da sua emissora. “Lançamos formatos, como o Pânico, que era um programa de sucesso no rádio. Depois que saiu daqui, perdeu a mão”, finaliza o apresentador.
Autor(a):
Vinícius Vieira
Formado em jornalismo, fui um dos principais jornalistas do TV Foco, no qual permaneci por longos anos cobrindo celebridades, TV, análises e tudo que rola no mundo da TV. Amo me apaixonar e acompanhar tudo que rola dentro e fora da telinha e levar ao público tudo em detalhes com bastante credibilidade e forte apuração jornalística.