O grande ator Marcos Palmeira, o José Leôncio de Pantanal, avalia sua jornada na vida e na arte
O consagrado ator global, Marcos Palmeira, no auge de uma das suas melhores formas e atualmente na versão de Pantanal de 2022, ao longo de seus mais de 50 anos de carreira foi homenageado com o Troféu Oscarito, concedido pelo festival aos grandes talentos das artes. Emocionado diante da plateia que aplaudia em pé, Marcos reconheceu: “Este momento, esta homenagem, me leva a uma reflexão profunda sobre minha própria vida”, disparou.
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Para quem não sabe, Marcos Palmeira interpretou Tadeu na primeira versão de Pantanal, em 1990, agora volta à cena na versão de 2022 como o lendário José Leôncio. O ator falou sobre a diferença do que viveu nas duas versões de Pantanal “Eu atendia o telefone em casa, ainda moleque, e dizia ‘por favor, liga para o outro número que a produtora fica no andar de baixo”, recorda. Era mesmo impossível fugir da carreira artística! “Eu dizia para a minha mãe me proibir de fazer cinema porque queria jogar bola e brincar. Depois, cheguei a pensar em fazer Veterinária, Psicologia, ser indianista… mas tudo levava para o teatro”, conta Marcos Palmeira.
“Eu imitava como era o homem branco da cidade, fazia praticamente um stand-up para eles, e eles eram divertidos, amavam aquilo”, emociona-se ele, cuja rotina segue agitada. “Há quase um ano, gravo de segunda a sábado. Nunca decorei tanto texto! Pelo menos, mantenho o Alzheimer longe”, brinca o ator.
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Reencontrar a trama de Benedito Ruy Barbosa (91) também é descobrir um Pantanal diferente. “O Pantanal está seco. Aquele monte de água que se via quando gravamos, em 1990, não se vê mais. Precisamos estar atentos para o aquecimento global”, frisa. Sobre o seu Zé Leôncio, Marcos acredita dar novas cores ao papel que foi do amigo Claudio Marzo (1940-2015). “Creio que o sucesso de Pantanal se dê pela humanidade que seus personagens demonstram, com seus lados positivos e negativos, dúvidas e afirmações, justamente como somos”, avaliou Marcos Palmeira.
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