Jornalista traz novos detalhes sobre um crime que chocou o mundo ainda na década de 90 e que ganham novos detalhes agora após o caso explodir
Um dos casos mais brutais ocorridos ainda na década de 90, envolvendo o homicídio cometido por 2 irmãos famosos na mídia explodiu novamente na mídia após uma onda crescer no TikTok aonde novas evidências mostrarem que as coisas não poderiam ser o que pareciam.
Trata-se do caso dos irmãos Menendez, cujo qual ganhou grande repercussão nos Estados Unidos e voltou à tona através dos documentários:
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- “Os Irmãos Menendez: Assassinos ou Sobreviventes? – Lançado pela HBOMax, em 2024.
- “Monstros: Irmãos Menendez: Assassinos dos Pais”– Lançado pela Netflix, em 2024
Lyle e Erik Menendez foram condenados pelo assassinato brutal de seus pais, José e Kitty Menendez, em 1989.
A princípio, os irmãos negaram envolvimento, mas depois confessaram, alegando que o pai os abusou por anos e que a mãe foi negligente.
O julgamento foi altamente midiático e dividiu a opinião pública:
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- Porém, enquanto a defesa dos irmãos focou nos abusos sofridos, a promotoria argumentou que os assassinatos foram premeditados e motivados pela herança milionária da família.
- Em 1996, os dois foram condenados à prisão perpétua sem possibilidade de condicional.
- O caso continua a gerar debates, especialmente sobre questões de abuso, privilégio e justiça, que como mencionamos, vem sendo até hoje relembrado em documentários e produções televisivas.
Jornalista expõe mais dados
A equipe do TV Foco, especializada em crimes, apurou através de um vídeo do canal do Daniel Pires, um trecho de uma entrevista que a jornalista Carla Albuquerque, aonde novos detalhes sobre esse caso escabroso veio à tona.
Ela inicia falando sobre os grandes feitos do pai dos meninos, José Menendez, um cubano que fez fortuna agenciando grandes nomes da música, incluindo a famosa boy band Menudo durante os anos 80 e 90.
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Porém, quando o Eric Menendez confessa ao seu terapeuta que matou o pai, não imaginava o que viria. Afinal de contas, o terapeuta tinha a prática de gravar as sessões a pedido do pai dos meninos.
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Além disso, o profissional é descrito como problemático, pois não apenas gravava as sessões sem o devido consentimento, como se envolvia romanticamente com uma cliente.
Mas, como ele contava tudo para essa cliente, quando essa suposta namorada rompe com o terapeuta, ela vai à polícia e revela a confissão de Eric sobre o assassinato: “Por que ele contou a ela sobre essa confissão e ela ainda revelou a polícia que ele gravava todas as sessões”
Provas manipuladas
Segundo dito pela jornalista, existe uma lei chamada “Tarasoff” nos EUA que permite que terapeutas denunciem clientes se acreditarem que estão em risco ou que possam causar danos a outros.
Sendo assim, a promotoria usou a confissão isolada de Eric para argumentar que ele era um perigo, ignorando outras fitas onde o rapaz relata abusos sofridos por parte do pai.
Ou seja, as fitas selecionadas pela promotoria mostravam apenas a confissão do crime, desconsiderando relatos de abuso físico e psicológico enfrentados pelos irmãos:
“Eles ignoraram todas as outras aonde o menino contava todas as sessões de abuso e tortura, apenas pegaram as fitas que interessavam para a promotoria”
Os irmãos demonstraram um alto nível de ódio ao atirarem no rosto dos pais, revelando uma motivação emocional intensa
O irmão mais velho, Lyle, sofreu abuso sexual pelo pai e foi forçado a abusar de Eric. Essa dinâmica familiar disfuncional contribuiu para o ato violento.
Fixação e morte:
Porém a grande fixação do pai era o mais velho. Com isso, quando Eric expressa seu desejo de sair da casa familiar para estudar em Stanford, o pai reage ameaçando-o de morte caso tentasse deixar o lar:
“O irmão mais novo contou tudo e que há 12 anos sofria abuso do pai. Mas não é qualquer abuso, é abuso com requintes de perversão”
A mãe dos meninos é retratada como indiferente aos abusos, pois ela via os filhos como concorrência em vez de protegê-los das ações violentas do marido: “Por isso eles não aguentaram e matam os pais”
A jornalista ainda mencionou sobre o terror psicológico que ele fazia com os filhos ao falar que os tirariam do testamento, sem nem ao menos sequer chegar a tirar essa cláusula de fato.
Isso sem falar nos relatos das torturas físicas severas infligidas pelo pai aos filhos, incluindo métodos cruéis com objetos cortantes: “Tudo que você pode imaginar, até com agulhas”.
Ponto chave
A jornalista então menciona a chegada de Ann Burgess, cuja qual se tornou uma figura central no desenvolvimento do centro de perfilamento criminológico do FBI, sendo inspirada na série “Mind Hunter”.
Ela realiza entrevistas com criminosos, incluindo serial killers e estupradores, buscando entender a psicologia por trás de seus crimes.
A dificuldade em escapar do ciclo de violência é um tema recorrente nas histórias que ela investiga, especialmente em casos de abuso familiar:
“Todo lixo de crime dos Estados Unidos ela vai atrás de uma entrevista. Ela decide então entrevistar os meninos e conseguem arrancar deles o porque fizeram isso, e descobre todos os abusos, e passou a testemunhar a favor dos meninos”
A sociedade escandalizada
Durante o julgamento televisionado dos irmãos Menendez, a sociedade ficou chocada com as revelações sobre os abusos que eles sofreram.
A própria família dos meninos testemunhou a favor deles, reconhecendo os abusos cometidos pelo pai e defendendo que não deveriam ser condenados.
Porém, em 1989, a mídia ridicularizava os relatos de abuso, refletindo uma falta de compreensão sobre o trauma vivido pelas vítimas na época.
Sendo assim, a cobertura da imprensa era negativa e desdenhosa, contribuindo para um ambiente hostil para os irmãos durante o julgamento: “É horrível, é triste”.
Ao mesmo tempo, muitos da sociedade se revoltaram diante disso, sendo assim, a opinião pública se dividiu.
Geralmente, em casos criminais, 12 jurados geralmente compõem o júri nos Estados Unidos, entretanto, eles empataram nas deliberações.
Principalmente pelas mulheres juradas, uma vez que tendiam a ver o caso sob uma perspectiva mais empática devido ao histórico de abuso enfrentado pelos meninos.
Desempate
Posteriormente, após um impasse no júri, foi necessário convocar um novo julgamento; isso representou uma grande pressão para a promotoria.
O sistema judiciário americano exige que as condenações sejam unânimes; essa exigência complicou ainda mais o caso dos irmãos Menendez.
O promotor estava sob pressão devido à sua reputação e ao recente fracasso em outro caso famoso (O.J. Simpson).
O juiz decidiu então proibir a transmissão do segundo julgamento dos irmãos Menendez e restringiu testemunhos que poderiam beneficiar os réus.
Condenados:
Após condenar os irmãos, a promotoria substituiu a pena de morte por prisão perpétua, separando-os em diferentes penitenciárias
Porém, em 2022, Roy Roselo, ex-integrante do Menudo, denunciou Edgar Diaz, o criador da banda, por abusos que ocorreram durante sua infância.
A jornalista relata que Roy Roselo compartilhou suas experiências traumáticas desde os 13 anos, revelando que os abusos ocorriam três a quatro vezes por semana.
“Ele relata um episódio específico onde foi drogado e estuprado na casa de José Menendez, enfatizando a gravidade das agressões sofridas”
Qual foi o desfecho do crime dos irmãos Menendez?
Por fim ela revela que processo contra Edgar Diaz ainda está em andamento e existem expectativas sobre um novo julgamento que pode reavaliar as penas dos condenados.
As autoridades discutem a possibilidade de mudar a classificação do crime de homicídio doloso para culposo, já que os réus cumpriram mais de 30 anos de prisão.
Ela finaliza destacado o erro da promotoria ao não reconhecer os dois rapazes como vítimas; essa visão distorcida ignora o impacto do abuso sexual masculino:
“As informações que eu recebi é que existe uma grande pressão popular para que eles sejam absolvidos. Quando a gente ignora vítimas de abusos sexuais, ainda mais sobre meninos, uma vez que é mais velado, isso demonstra um grande erro da sociedade”
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Conclusão final
Em suma, os novos detalhes trazidos pela jornalista Carla Albuquerque reacenderam o caso Menendez, destacando as questões de abuso familiar e a manipulação de provas no julgamento dos irmãos.
O debate sobre a justiça no caso continua, especialmente com a pressão popular por uma possível reavaliação das penas após mais de 30 anos.