A cantora MC Carol, fazendo uma turnê em Portugal, recebeu a notícia sobre a morte do seu amigo Lucas Muratt, de apenas 18 anos, baleado durante uma operação da Polícia Militar, na comunidade do Preventório, em Charitas, Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro.
De acordo com Carol, o rapaz não tinha envolvimento com nada de errado. Já a PM, como sempre, disse que ele e um outro homem morto na mesma operação eram suspeitos de envolvimento com o crime organizado.
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O incidente acabou gerando a revolta de moradores da comunidade que botaram fogo em dois ônibus em frente à estação das Barcas de Charitas. “Estou muito abalada com isso. O que fizeram com o Lucas foi desumano. Ele era mototaxista. Trabalhador. Nunca foi envolvido com nada. Por isso está acontecendo essas coisas aí no morro (protestos). A comunidade está revoltada!”, desabafou a jovem em entrevista ao Extra.
Segundo MC Carol, Lucas era muito querido no local. “Esse menino era um amor de pessoa! Todos amavam ele. Tinha apenas 18 anos. Se perguntarem para qualquer pessoa na comunidade, vão falar o mesmo que eu. Essa guerra é muito triste para todos os lados. Ninguém vence, só morrem. Em nome de que isso? Nome de quem?”, lamentou.
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Vale dizer que ontem, (31) ela filmou um vídeo onde se emocionou com o assassinato. No vídeo MC Carol demonstrou toda a sua tristeza e revolta com a situação, que infelizmente é muito recorrente nas comunidades.”Hoje a polícia foi na minha comunidade e acertou um estudante na porta da escola. Atirou num menino de 18 anos pela costas. Esse menino não tinha envolvimento com nada, era trabalhador. A polícia matou o menino. Alguém para com essa guerra, pelo amor de Deus. O menino não estava armada, não estava com nada, gente”, disse ela, enquanto chorava muito.
A carioca ainda contou como conheceu o rapaz e como ele parecia ser um ótimo filho, mas não deixou de continuar mostrando o quanto achava a polícia covarde por terem atirado nas costas do jovem. “Esses dias vi ele trabalhando no mototáxi, chamei ele pra fazer um lanche, conversamos… conversamos… chamei ele pro show do Djonga. E do nada elogiei ele por fora e por dentro esse foi a nossa última conversa, falei pra ele que ele devia ser um ótimo filho, só pelo jeitinho que ele falava, dava pra ver que ele era muito tranquilo. A calma, a paz que ele tinha era que o que me chamava mais atenção, eu até ficava imitando ele de sacanagem. Não acredito que fizeram isso com esse menino tão doce, tão educado, tão tranquilo, tão alegre. Um tiro nas costas covarde e ainda colocaram ele como bandido no normal. Mas agora pelo menos ele está em um lugar tranquilo, assim como ele, do lado de Deus, longe desse mundo cruel, de pessoas cruéis, pessoas ruins de alma sebosa. Fica com Deus meu amigo”, concluiu.