Bem assessorados, maioria dos participantes famosos do BBB20 praticaram “anti-jogo”
O BBB20 fez história, como a primeira temporada do reality da Globo tendo parte do seu elenco formado por personalidades famosas. Com isso, havia uma certa dúvida antes da estreia sobre o sucesso ou fracasso dessa proposta.
O principal argumento daqueles que acreditam que ela fracassaria seria o fato de que o elenco composto por “famosos”, na realidade, não teria nomes realmente conhecidos do grande público, com foco em subcelebridades da internet, até pela dificuldade da Globo de conseguir estrelas já consolidadas e que realmente topassem tamanha exposição no principal reality do país.
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O outro argumento tem a ver justamente com a exposição. Os famosos escolhidos para participar do BBB20 já entrariam dispostos a evitar maiores conflitos, a fim de não mancharem a sua imagem ou prejudicar a própria carreira, o que tornaria o programa monótono, uma vez que, teoricamente, os realities de confinamento geralmente fisgam sua audiência pelos barracos.
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Porém, no fim das contas, ocorre algo inesperado. A maioria dos famosos cumpriu o esperado e realmente evitou, até aqui, maiores conflitos no reality, mas ainda assim, a temporada caiu no gosto do público, registrando boa audiência, batendo recordes e mobilizando torcidas como há muito tempo não se via.
SEM “FOGO NO PARQUINHO”
Bem assessorados, Gabi Martins, Mari Gonzalez, Bianca Andrade, Manu Gavassi e Rafa Kalimann, por exemplo, que integram o time dos famosos, evitam ao máximo a superexposição com grandes conflitos no confinamento, sendo que os poucos e pequenos atritos entre eles quase sempre acabaram com insistentes pedidos de desculpas.
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Manu, por exemplo, chegou a irritar o diretor Boninho por praticar o “anti-jogo”, se esquivando do confronto com outros participantes. Rafa é outra que procurou não se indispor com os colegas, mas ainda assim chega longe no jogo. O curioso, aliás, é que as duas sisters, mesmo com essa postura, caíram no gosto do público e estão entre as favoritas a vencer o reality.
É ainda mais curioso analisar o histórico dos campeões do BBB, e constatar que a grande maioria é de perfil “mocinho” ou “mocinha”, que pouco “causou”, bem diferente do que ocorre em outros programas do gênero, inclusive na TV aberta, como A Fazenda, que é marcada por conflitos e participantes polêmicos, que mesmo já gozando de alguma fama, não demonstram medo dos confrontos e caem nas graças do público.
VAI CONTINUAR?
Mas, afinal, o que explicaria o fenômeno do BBB20, que atinge tamanho sucesso mesmo sem maiores barracos e com “participantes paz e amor” se tornando os queridinhos do público?
É claro que também é preciso inserir nesse contexto o momento atual, com o isolamento social devido à pandemia de coronavírus, que faz com que o público fique “carente” de opções de entretenimento na televisão, o que pode ser um fator determinante para o sucesso desse BBB mesmo com participantes que “renunciam” ao jogo.
Esses fatores, aliás, levantam um debate a respeito do sucesso dessa proposta do BBB20 e da possibilidade de fracasso das próximas temporadas, especialmente em situações normais, que não envolvem mais o confinamento do público, por exemplo.
Já há rumores de que a partir do próximo ano a Globo pretende mudar o formato do reality, e não mais repetir a proposta de incluir subcelebridades. O diretor Boninho, por exemplo, demonstra ser um dos principais adeptos do famoso “fogo no parquinho”, e pode estar incomodado com a ausência disso nessa atual temporada, apesar do sucesso.
Dessa forma, seria ideal repetir essa proposta nos próximos anos do BBB ou o público vai mesmo preferir os tradicionais conflitos e polêmicas? Eis a questão!