Uma famosa e reconhecida montadora teve seu fim trágico no Brasil.
A fábrica da Mercedes-Benz em Iracemápolis (SP) encerrou suas atividades, após apenas quatro anos de operação, onde produzia os modelos Classe C e GLA. Embora o anúncio tenha sido surpreendente, já havia indicações anteriores de que isso poderia acontecer.
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Em 2017, o então presidente da empresa, Philipp Schiemer, mencionou à revista Exame que a fábrica poderia fechar se não fossem alcançados resultados financeiros sustentáveis para manter as operações.
Desde o início das operações em 2018, a fábrica estava operando com apenas 35% de sua capacidade total de produção. Isso levou o CEO da Daimler, Ola Källenius, a comentar sobre o fechamento da fábrica no Brasil em uma entrevista ao jornal alemão Handelsblatt, admitindo que a fábrica estava enfrentando dificuldades financeiras.
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O encerramento das operações em 2020 em Iracemápolis (SP) criou desafios para a empresa em relação ao uso do espaço e ao aproveitamento do complexo, lembrando um episódio semelhante que ocorreu quase duas décadas atrás.
Em 1999, a Mercedes-Benz inaugurou uma fábrica em Juiz de Fora (MG) para produzir o Classe A, na época considerado um dos modelos mais luxuosos no Brasil. No entanto, o Classe A não teve um bom desempenho no mercado brasileiro, o que levou a dificuldades na sua comercialização.
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A situação econômica no Brasil enfrentou desafios persistentes ao longo de vários anos, e a pandemia da Covid-19 agravou ainda mais a situação, resultando em uma queda significativa nas vendas de automóveis premium. Como parte de nossa contínua transformação e esforços para reestruturar nossa rede de produção global, estamos focados em aumentar a eficiência e otimizar a utilização de nossa capacidade de produção. Isso foi explicado por Jörg Burzer, membro da diretoria da Mercedes-Benz.
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Portanto, tomamos a decisão de encerrar a produção de automóveis premium no Brasil. Nossa prioridade inicial é encontrar uma solução sustentável para os colaboradores desta unidade, que desempenharam um papel fundamental no sucesso da Mercedes-Benz no Brasil com seu comprometimento e expertise nos últimos anos, conforme enfatizado pelo executivo.
O encerramento da fábrica da Mercedes em Iracemápolis era uma medida esperada. A fábrica foi projetada com uma capacidade de produção anual de 20 mil unidades, mas nunca chegou perto desse número. Já em 2018, apenas dois anos após a inauguração, a linha de montagem estava operando com apenas 35% de sua capacidade total, e nessa época o dólar já estava em alta. Desde então, a desvalorização da moeda e os impactos da pandemia pioraram ainda mais a situação.
Não é segredo que a Mercedes-Benz expressou seu arrependimento pelo investimento de R$ 600 milhões na fábrica. Entrevistas com Philip Schiemer, na época presidente da marca no Brasil, em 2017, indicavam o descontentamento e a possibilidade de fechar a fábrica caso ela não se mostrasse financeiramente viável. O investimento foi motivado pelas políticas nacionais da época, mas as vantagens foram perdidas com o fim do Inovar-Auto, e o Rota 2030 levou um tempo para ser aprovado.
Recentemente, Ola Källenius, CEO da Daimler, em entrevista ao Handelsblatt, sugeriu o encerramento da unidade de Iracemápolis ao afirmar que o complexo estava “no limite econômico”. Internamente, a perda era considerada aceitável, uma vez que a fábrica tinha um volume de produção pequeno, minimizando o impacto nas operações.
Nos últimos anos, a Mercedes chegou a considerar a produção de modelos adicionais além do Classe C e do GLA no Brasil. O Classe A Sedan foi um dos candidatos, o que também teria auxiliado na atualização do GLA para a nova geração, mas esse plano nunca se concretizou. Com a iminente mudança no GLA em março e a nova geração do Classe C em fase de testes com modificações, os modelos produzidos no Brasil ficariam desatualizados.
O que significa sigla Mercedes-Benz?
Em 2 de abril de 1900, a Daimler-Motoren-Gesellschaft tomou a decisão de batizar seus automóveis como “Mercedes”, quando a empresa tinha apenas 11 anos de existência. Essa escolha de nome foi uma homenagem à filha de Emil Jellinek, um empresário austríaco que residia em Nice, na França.