Metrô e CPTM estão prestes a serem afetadas por fim de serviço e situação pode dificultar a rotina de milhões
Se você mora no estado de São Paulo e depende do Metrô e da CPTM deve se atentar quanto a um fim de serviço que em breve deverá afetar milhões de passageiros.
Isso porque, de acordo com o portal Veja Negócios, a concessão da Linha 7-Rubi da CPTM, que liga Jundiaí, no interior do estado de São Paulo, à estação Brás, no centro da capital, deverá ser encurtada.
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De acordo com o portal Exame, a transição durará até 18 meses após a assinatura do contrato.
Essa assinatura pode ocorrer em até 120 dias após o leilão que ocorreu dia 29 de fevereiro de 2024, ou seja em Junho de 2024.
Com isso, a mudança deve ser concluída entre o fim de 2025 ou começo de 2026.
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Mudanças …
Esse novo contrato prevê que, com a nova operação, a mesma deixe de atender as duas estações finais de seu percurso atual, Luz e Brás, passando a terminar na Barra Funda, na zona oeste da cidade.
Com isso, os passageiros da linha perderão o acesso direto a diversas outras linhas do Metrô e da CPTM que saem dessas estações e passarão a ter que fazer ao menos uma baldeação a mais, partindo da Barra Funda, para ter acesso a elas.
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O que irá afetar bastante a rotina dos mesmos, ainda mais dos trabalhadores que são os que mais dependem dessas estações para chegar aos locais de trabalho.
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Razões expostas
De acordo com informações expostas pelo governo e pela CPTM durante os períodos de audiência pública do projeto, a Estação da Luz já estaria saturada e não tem espaço para comportar o desembarque de tantas linhas.
Ainda segundo a Veja Negócios, desde o ano de 2021, a Linha 7, que vai até a Luz, é atendida pela CPTM em conjunto com a Linha 10-Turquesa, que parte da Luz, depois para o Brás e depois segue para a região do ABC Paulista.
Com o serviço 710, essa viagem direta junta as 31 estações dos dois trechos e liga Jundiaí, a noroeste da capital, diretamente a Rio Grande da Serra, na região do ABC, a sudoeste.
Com a concessão, o serviço 710 também deixará de existir.
Até que o processo se concretize , o serviço 710, com as paradas na Luz e Brás, continuam funcionando normalmente.
Em nota, a Secretaria de Parcerias e Investimentos afirmou que após as mudanças os passageiros que embarcarem na Linha 7 com destino ao Brás precisarão desembarcar na Estação Barra Funda e fazer baldeação.
A secretaria ainda afirmou que trabalha para ampliar a interoperabilidade entre as linhas de trens urbanos a fim de aprimorar a prestação de serviço aos passageiros e reduzir os tempos de viagem.
Linhas afetadas
Com o encurtamento da Linha 7, os passageiros que passam pelo circuito de Jundiaí e queiram, por exemplo, chegar à Luz, em vez de seguir apenas uma estação a mais pela mesma composição, terão que:
- Descer na Barra Funda;
- Andar três estações pela Linha 3-Vermelha, até a República;
- Trocar de trem pela segunda vez e andar mais uma estação, pela Linha Amarela, até a Luz.
Como muitos sabem, as estações Luz e Brás são dois grandes polos de integração do centro da cidade.
De lá, partem diversas linhas tanto do metrô quanto da CPTM, como é o caso da Linha 4-Amarela e da Linha 1-Azul do Metrô, que saem da Luz rumo às zonas norte, sul e oeste da cidade.
A Linha 11-Coral (Luz-Estudantes) e a Linha 12-Safira (Brás-Calmon Viana), além da própria Linha 10 (Luz-Rio Grande da Serra), são outras que partem dali e das quais os usuários da Linha 7 perderão o acesso direto.
USP Leste, o Terminal Rodoviário do Tietê, a Estação Faria Lima, que dá acesso ao centro financeiro da capital, e a Estação Butantã, ligação mais próxima à Cidade Universitária, são algumas das paradas de grande fluxo que estão nas linhas que saem da Luz e do Brás.
A Linha 7 da CPTM foi concedida à iniciativa privada pelo governo de São Paulo em leilão realizado na semana passada.
Ela foi arrematada e será operada, pelos próximos 30 anos, pelo consórcio C2 Mobilidade Sobre Trilhos, liderado pela estatal chinesa CRRC, gigante mundial da fabricação de trens, e a Comporte, empresa da família Constantino, fundadora da Gol.
A linha da CPTM faz parte do megapacote de transporte concedido ao grupo e que inclui a construção e gestão do Trem Intercidades (TIC) Eixo Norte, nova ferrovia de média velocidade que ligará São Paulo a Campinas, no interior.
As rotas para Campinas serão interligadas à Linha 7.
Como ficará a integração com Campinas?
Vale dizer que a Justiça de São Paulo também suspendeu, no dia 24 de abril, a assinatura do contrato do Trem Intercidades (TIC).
Previsto para 2031, o projeto deve ligar São Paulo a Campinas em pouco mais de uma hora.
A decisão foi feita a pedido do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias de São Paulo (STEFSP).
De acordo com a CNN, em decisão, a juíza determinou que a assinatura do contrato deve ser paralisada até que “as informações sejam prestadas e o mérito possa ser analisado”
A entidade apresentou um questionamento ao edital de concessão no dia do leilão, 29 de fevereiro.
O consórcio C2 Mobilidade Sob Trilhos, formado pelo grupo Comporte e pela chinesa CRRC, foi o único participante e vencedor do edital.
Segundo o presidente do sindicato, Eluiz Alves de Matos, a suspensão desta semana veio após o governo estadual convocar o consórcio para a assinatura do contrato.
Caso o documento fosse assinado, o acordo passaria a ter validade e o objeto de questionamento do sindicato seria perdido, assim perdendo sentido o processo.
Em nota, o governo do Estado afirma que vai recorrer da decisão.
Fora isso a Secretaria de Parcerias em Investimentos reforça que responderá a todos os questionamentos e que cumpre todos os ritos legais do processo de acordo com a legislação vigente.