Miguel Falabella revela forte drama, cai no choro e dispara: “Fiz o que pude”
24/08/2019 às 0h32
Miguel Falabella surpreendeu ao falar sobre seu passado como artista e caiu no choro durante lançamento de seu novo filme como diretor
Um dos maiores nomes da teledramaturgia e da TV brasileira, Miguel Falabella nem sempre foi famoso e ralou muito para chegar ao patamar em que está atualmente. Estreando com o filme Veneza no 47º Festival de Gramado como diretor, ele se encontrou com jornalistas e acabou se emocionando ao revelar sua dramática carreira como artista.
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“Nasci de pais intelectuais, minha mãe era de literatura francesa. Eu disse que queria aprender. Ela botou um dicionário na minha frente e falou “aprende”. Minhas fantasias eram férteis desde a infância. Infelizmente minha geração pegou um cinema machucado. Não pude me tornar um cineasta antes”, iniciou Miguel Falabella.
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O diretor da Globo prosseguiu o relato dramático revelando como consegue alcançar um público. “Mas isso não é um lamento, fiz o que pude, as pessoas passam por mim e sorriem. Tenho orgulho de ser um artista popular. Toda manhã recito poesias no Instagram, e é impressionante como isso toca as pessoas. Fico muito emocionado”, disse ele.
O filme de Miguel Falabella fala sobre os sonhos de um grupo de prostitutas órfãs que moram em um bordel situado em algum local brasileiro e conta com nomes como Dira Paes no elenco. “Pra mim é como se essas mulheres estivessem presas numa fatia de tempo, mortas, sem nenhum interesse em torno delas”, disse ele.
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Miguel Falabella, inclusive, falou sobre a renomada atriz global e revelou como a imaginava em cena. “Sempre pensava na Dira Paes caindo na cama como se estivesse num filme mexicano. São mulheres miseráveis, mas não queria retratá-las ainda mais desgraçadas, e sim com um olhar fabular”, disse o diretor.
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“Quando eu estava fazendo o filme, me perguntavam: não é uma comédia? Não é uma chanchada? Não. Isso eu faço na televisão. Gosto de brincar de várias coisas, inclusivo quero lançar um romance em breve. Vou morrer inventando moda”, disse ainda Miguel Falabella, que contou que poesia e cinema estão intimamente ligados para ele.