Montadora de carros têm dívidas enormes e entra em falência
O dia 30 de setembro de 1996, foi um dia muito triste para muitas pessoas. Isso porque foi o dia em que a montadora Gurgel Motores, que era uma fabricante de automóveis brasileira, encerrou suas atividades após ter um dívida enorme e decretar falência.
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Para quem não se recorda, a empresa foi desenvolvida pelo engenheiro João Augusto Conrado do Amaral Gurgel e tinha como proposta produzir carros 100% nacionais. A montadora foi fundada no dia 1 de setembro de 1969, na Avenida do Cursino, em São Paulo, mas, pouco tempo depois a fábrica mudou sua sede para Rio Claro, em 1975.
Porém, o registro da marca Gurgel encontrava-se expirado no INPI desde o ano de 2003 e em 2004, o empresário Paulo Emílio Freire Lemos, registrou para si sua marca Gurgel pelo valor de 850 reais. Vale ressaltar que a família não foi consultada e por isso decidiu mover uma ação judicial contra o empresário.
MAIS SOBRE O ASSUNTO
João Augusto Conrado do Amaral Gurgel, que hoje em dia já é falecido, começou produzindo karts e minicarros para crianças, nos anos 60. Inclusive, seu primeiro modelo de carro foi o bugue Ipanema, que utilizava o motor d Volkswagen.
Porém, em 1992, quando a montadora já havia comercializado 3,745 carros, entrou em greve, que impediu a chegada de grandes componentes que vinham da Argentina.
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Na época, a produção também caiu e as dívidas ficaram acumuladas. Além disso, sem o apoio do governo, Gurgel pediu concordata em 1993, que foi sua última tentativa de salvar a fábrica de carros, que já estava com altas dívidas, na época o pedido era um financiamento de 20 milhões de dólares do governo para a empresa.
O governo então, negou o pedido, e a fabrica de carros foi declarada falida no ano de 1994.
O QUE ACONTECEU DEPOIS?
Após o fim da montadora, a fábrica ficou nas mãos de um escritório em São Paulo e depois de todas as tentativas de venda do terreno e com seus veículos abandonados, a Gurgel Motores foi leiloada em 2007, por cerca de 16 milhões.
O dinheiro na ocasião serviu para que eles pagassem as dívidas trabalhistas, que chegaram a quase 20 milhões. Sendo assim, a montadora deixou um lastro de 280 milhões em dívidas.