Ministra Cármen Lúcia cita caso William Waack como contrário à “tolerância e liberdade de expressão”
18/11/2017 às 11h57
O caso do jornalista William Waack, que proferiu uma fala racista nos bastidores da cobertura das eleições presidenciais nos EUA em 2016, repercutiu não apenas na imprensa. O poder judiciário brasileiro, na pessoa da ministra Cármen Lúcia, presidente do STF, classificou o caso como contrário à “tolerância e à liberdade de expressão”.
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De acordo com a jornalista Cristina Padiglione, durante aula na PUC sobre sua decisão que impediu que redações do ENEM que desrespeitam os direitos humanos fossem zeradas, Cármen Lúcia ressaltou que “é preciso ter muito cuidado com que se diz hoje em dia”, citando um exemplo pessoal.
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“Recebi manifestações – justas e motivadas – de que o uso era indevido e poderia ser interpretado como ofensivo. Diante da repercussão, sei agora que não poderia ter feito uso da palavra, pois poderia ensejar má interpretação”, disse ela, que em 2016 disse em entrevista à GloboNews que os representantes do STF não eram autistas.
GLOBO TOMA DECISÃO EM RELAÇÃO A WAACK
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Como se sabe, o jornalista William Waack está cumprindo afastamento por causa de um vídeo no qual aparece falando palavras de baixo calão e frases ao que tudo indica de ódio contra a comunidade afrodescendente.
Existiam rumores no jornalismo da emissora que ele poderia voltar ao comando do Jornal da Globo nesta segunda, dia 20. No entanto, como informa o jornalista Flávio Ricco, o canal decidiu mantê-lo afastado, e se ele irá voltar, ainda não será desta vez.
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“Globo e William Waack ainda estão conversando”, diz a Comunicação da emissora, consultada por Ricco. “Conversando”, leia-se que ele seguirá fora do ar enquanto tudo não for devidamente esclarecido.
Quem voltará, na verdade, ao telejornal noturno, nesta segunda é a Renata Lo Prete, que estava de férias. Por enquanto, de acordo com a direção da Platinada, a jornalista continuará à frente do programa.
Autor(a):
Fernando Lopes
Apaixonado pelo mundo da televisão, Fernando Lopes escreve sobre o assunto no TV Foco desde 2013.