Miriam Leitão virou alvo essa semana de comentários do presidente Jair Bolsonaro, que negou que ela tenha sido torturada pela Ditadura Militar.
A jornalista Miriam Leitão passou por um dos momentos mais delicados de sua carreira profissional nesta semana, quando o presidente Jair Bolsonaro propagou uma fake news sobre o momento mais delicado da vida pessoal da profissional da Globo. Ele negou que Miriam tenha sido torturada e afirmou que ela era guerrilheira, o que gerou inclusive uma nota de repúdio divulgada pela Globo.
“Essas afirmações do presidente causam profunda indignação e merecem absoluto repúdio. Em defesa da verdade histórica e da honra da jornalista Miriam Leitão, é preciso dizer com todas as letras que não é a jornalista quem mente. Miriam Leitão nunca participou ou quis participar da luta armada. À época militante do PCdoB, Miriam atuou em atividades de propaganda.
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Ela foi presa e torturada, grávida, aos 19 anos, quando estava detida no 38º Batalhão de Infantaria em Vitória. No auge da ditadura de 64, em 1973, Miriam denunciou a tortura perante a 1ª Auditoria da Aeronáutica, no Rio, enfrentando todos os riscos que isso representava na época. Narrou seu sofrimento aos militares e ao juiz auditor e esse relato consta dos autos para quem quiser pesquisar.
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A jornalista foi julgada e absolvida de todas as acusações formuladas contra ela pela ditadura. A absolvição se deu em todas as instâncias. É importante ressaltar que Miriam Leitão, ao longo dos governos do Partido dos Trabalhadores, foi também alvo constante de ataques.
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Não questionaram, como agora, o sofrimento por que passou na ditadura, mas a ofenderam em sua honra pessoal e profissional em discursos do ex-presidente Lula em palanques, e até mesmo a bordo de avião de carreira, quando Miriam Leitão ouviu insultos e ofensas por parte de militantes petistas, que então a chamavam de neoliberal e direitista.
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Esses insultos, no passado como agora, em sinais trocados, apenas demonstram a maior das virtudes de Miriam como profissional: a independência em relação a governos, sejam de esquerda ou de direita ou de qualquer tipo. A Globo aplaude essa independência, pedra de toque do jornalismo profissional, e se solidariza com Miriam Leitão”, disse a emissora.
Agora, partidários de Jair Bolsonaro saíram em defesa do presidente e estão divulgando uma foto de Miriam Leitão presa nas redes sociais. Para eles, a exibição da imagem comprova o que foi dito pelo presidente, mas nenhum indício de que Miriam tenha sido mesmo terrorista é encontrado nas imagens.
Confira a imagem: