Anna se perdeu na trama e se tornou apenas mais uma mocinha clássica das novelas
A novela “Novo Mundo” chega ao fim nesta segunda-feira (25). Ao chegar na Globo como substituta de “Sol Nascente”, a trama cumpriu seu papel e deixará saudades. Sobretudo, entre trancos e barrancos, consideramos a novela excelente. Foi um prazer assisti-la, apesar de ser um folhetim de época. “Novo Mundo” recontou fatos históricos que se assemelham a nossa atualidade. Com certeza, a novela entrará para a história ao conseguir mostrar na ficção a nossa independência justamente no dia 7 de setembro. Bem, agora que nós assopramos, podemos morder?
Em maio deste ano, fizemos uma crítica sobre a protagonista da trama, na ocasião ressaltamos que Anna Millman, vivida por Isabelle Drummond, estava perdida no folhetim. Infelizmente de lá para cá, a personagem só deu pequenas amostras do seu potencial. No geral, Anna se tornou apenas uma mocinha de novela clássica. A protagonista parecia muito mais uma personagem de história de conto de fadas do que de atitudes à frente de seu tempo. O problema não estava na atriz e sim em como os autores conduziram a personagem.
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Ainda no decorrer de “Novo Mundo”, Thereza Falcão e Alessandro Marson criaram uma fase obscura da mocinha. Esse momento se deu porque ela descobriu que seu amor a enganou e, de tão decepcionada, se casou com outro.
Até Anna descobrir que Thomas (Gabriel Braga Nunes) era o causador dos seus piores sofrimentos e por fim se separar dele, demorou. Tivemos que vê-la prisioneira em sua própria casa, apática e esperando o mocinho resolver todas as situações. Anna perdeu a força que tinha no começo da trama. Seu par romântico Joaquim (Chay Suede), no entanto, ganhou mais destaque em alguns momentos e chegou até ofuscar o protagonismo de Anna.
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Até o casal protagonista de Novo Mundo, Anna e Joaquim, se tornou um casal “morno”
Não só Joaquim. Mas, no decorrer de “Novo Mundo”, outros personagens chamaram mais a atenção do público. Germana (Vivianne Pasmanter), Elvira (Ingrid Guimarães), Idalina (Dhu Moraes), Cecília (Isabella Dragão) e especialmente a princesa Leopoldina (Letícia Colin). Essas personagens se destacaram porque não haviam expectativas do público.
Senão fosse o talento de Isabelle Drummond, a personagem ficaria em uma situação pior. No início do folhetim Anna era “vendida” como uma mocinha “à frente do seu tempo” e “ousada”. Uma pena que não foi bem assim!
“Por Thais Teles | Texto opinativo que não reflete necessariamente a visão do TV FOCO