A Santa Matilde, responsável pela confecção de vagões de trens e ônibus, também de destacou como montadora de carros
Uma empresa voltada à produção mecânica e que também serviu como montadora de automóveis por décadas não resistiu a uma crise e faliu nos anos 1990. A Companhia Industrial Santa Matilde ficou conhecida por produzir vagões, carros de passageiros e demais componentes ferroviários, tratores e automóveis, em Minas Gerais.
Sua existência aconteceu em 1926, após Humberto Pimentel da Fonseca construir equipamentos ferroviários e um ramal de 22 quilômetros para transportar manganês até o quilômetro 462 da Linha do Centro da Estrada de Ferro Central do Brasil. Isso fez com que houvesse um investimento grande em cima desse tipo de produto ferroviário.
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A empresa foi a responsável por fazer parcerias com empresas do exterior e também com nacionais, para o desenvolvimento de vagões de trens de subúrbio e também de metrô, como é o caso do Recife. Além disso, a montadora criou carros a partir do motor da Chevrolet, entre 1978 e 1997.
CARROS CARÍSSIMOS
Foram mais de 900 automóveis fabricados, o que acabou forçando a empresa a contratar mão de obra especializada. O problema é que os carros Santa Matilde eram os mais caros do Brasil, custando o equivalente a dois Opalas. Como era caro produzir, a marca deixou seu principal negócio de lado, o setor ferroviário, e entrou em declínio.
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A situação financeira se agravou e acabou gerando o colapso da Santa Matilde. As fábricas de Conselheiro Lafaiete e de Três Rios precisaram fechar e em 2005, após 79 anos de existência, a Justiça determinou o fim da empresa.
O QUE ACONTECEU COM O RESTANTE DA MONTADORA?
A crise e o fechamento da empresa em Minas Gerais impactaram de maneira considerável a economia da cidade de Três Rios. Após leilão judicial, algumas partes das instalações da Santa Matilde em Três Rios foram adquiridas pela empresa Açotel.
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