Entenda como a crise financeira levou uma montadora gigante, tão popular quanto a Volkswagen, a quebrar, pedir pela sua falência e os impactos gerados em país
Em um golpe significativo para o setor de veículos de zero emissões, uma montadora vista como nº 1 no segmento, tão popular quanto a gigante Volkswagen, acaba de pedir pela sua falência nos Estados Unidos após se afundar em crise e dívidas.
Trata-se da Nikola Corporation, fabricante de caminhões movidos a hidrogênio, fundada ainda em 2015 por Trevor Milton.
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Diante dos fatos, a partir de informações do portal CNN, a equipe especializada em economia do TV Foco traz todos os detalhes desse pedido e os impactos gerados no setor automotivo no país norte-americano.

S.O.S
O pedido de falência foi solicitado na última quarta-feira (19) em um tribunal de Wilmington, Delaware.
Ela, antes comparada à Volkswagen por revolucionar o transporte com sustentabilidade, anunciou fim após crises financeiras e desafios no setor de elétricos.
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- A Nikola, também já foi vista como uma das rivais mais promissoras da Tesla e enfrentou uma queda acentuada na demanda, após o aumento dos custos e enfrentar um ambiente político instável.
- O que agravou ainda mais com o segundo governo de Donald Trump, o qual colocou em risco investimentos em tecnologias de zero emissões.
- Empresa buscou manter operações com consultores financeiros e jurídicos, mas optou por venda estruturada de ativos para maximizar valor em meio a desafios.
A ascensão e queda da Nikola
Conforme mencionamos, a Nikola surgiu em 2015 e ganhou destaque rapidamente ao anunciar planos ambiciosos para produzir caminhões movidos a hidrogênio e baterias elétricas, prometendo revolucionar o setor de transporte de carga.
Em 2020, a empresa atingiu um valor de mercado comparável ao da Ford, superando US$ 30 bilhões, após sua oferta pública inicial (IPO).
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No entanto, a popularidade da Nikola foi abalada por acusações de fraude contra Trevor Milton, acusado de exagerar as capacidades tecnológicas da empresa.
Apesar disso, a Nikola manteve apoiadores e investidores que acreditavam em seu potencial, comparando-a à Volkswagen em impacto no mercado automotivo.
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Principais pontos sobre a falência da Nikola:
- Pedido de falência: A Nikola entrou com o pedido de falência com caixa em U$ 47 milhões contra U$ 97,7 milhões em dívidas, incluindo notas conversíveis e obrigações de arrendamento.
- Venda de ativos: A empresa planeja realizar um leilão supervisionado pelo tribunal para vender seus ativos.
- Impacto aos acionistas: Nikola alertou que acionistas poderiam perder totalmente seus investimentos, pois dívidas comerciais serão quitadas antes de qualquer distribuição de valor.
- Suporte aos clientes: A empresa continuará oferecendo suporte e serviços para os caminhões em operação até o final de março.
Até o momento, não há declarações públicas extras de representantes da Nikola sobre o pedido de falência.
A empresa limitou-se ao comunicado oficial, no qual destacou que o processo de falência foi a única alternativa viável após meses de tentativas de reestruturação.
O pedido de falência da Nikola marca um capítulo sombrio para veículos sustentáveis, questionando o futuro de empresas que competem com gigantes como a Tesla.
Enquanto isso, investidores e clientes aguardam mais detalhes sobre o processo de venda de ativos e o impacto final dessa decisão.
Qual a diferença do capítulo 11 para a recuperação judicial nos Estados Unidos e do Brasil?
Tanto a recuperação judicial no Brasil como Capítulo 11 nos Estados Unidos são mecanismos jurídicos que permitem que empresas em dificuldades financeiras reestruturem suas dívidas e tentem recuperar a saúde financeira.
No entanto, existem diferenças significativas entre os dois sistemas, refletindo as distintas abordagens jurídicas e culturais dos dois países. Veja abaixo as principais diferenças:
- Capítulo 11 (EUA): Foco na reestruturação, no entanto, a empresa mantém controle.
- Recuperação Judicial (Brasil): Aqui a empresa tenta reestruturar dívidas, mas a administração passa por um terceiro administrador jurídico e o processo é mais burocrático. Se falhar, a empresa tem a falência decretada.
A diferença chave é que os EUA priorizam a continuidade do negócio enquanto no Brasil o foco está mais em proteger credores.
Conclusões:
Em suma, a Nikola, montadora de caminhões a hidrogênio, tão popular quanto a Volkswagen, pediu falência nos EUA após crise financeira, queda na demanda e instabilidade política.
Fundada em 2015, a empresa chegou a valer US$ 30 bilhões, mas fraude envolvendo seu fundador e custos crescentes levaram ao colapso.
Com dívidas de US$ 97,7 milhões, a Nikola vai vender ativos em leilão, e acionistas podem perder tudo; suporte aos clientes segue até março.
Por fim, a falência marca um revés para o setor de veículos sustentáveis, destacando desafios para concorrentes da Tesla e o futuro incerto da indústria.
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