Após fim decretado pela Fiat, a FNM, ou Fenemê, ressuscitou e voltou a fabricar caminhões para os centros urbanos
Uma montadora brasileira que produziu vários caminhões no passado ressuscitou das cinzas após ter fim decretado pela Fiat. A Fábrica Nacional de Motores (FNM), também conhecida como Fenemê, recebeu uma nova chance em 2020.
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De acordo com a CNN Brasil, a FNM batizou uma linha de caminhões elétricos produzida em Caxias do Sul (RS). Por trás do projeto estiveram os empresários José Antonio e Alberto Martins, filhos de José Antonio Fernandes Martins, que foi executivo da Marcopolo por 53 anos e é um dos acionistas da fabricante de carrocerias.
O maior diferencial dos novos modelos da marca, que foi rebatizada de Fábrica Nacional de Mobilidades, é que todos os caminhões são elétricos. A produção acontece nas instalações da Agrale, que também fabrica ônibus.
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Seus principais componentes, como bateria, motor e sistema digital, foram importados dos Estados Unidos. A Agrale produzirá os veículos e a montagem final será feita pela FNM.
Os responsáveis pelo revival da marca trabalharam no projeto por quatro anos. Os caminhões da empresa para transporte terão foco para trabalho em centros urbanos, e são chamados de VUCs, com capacidade de carga entre 13 e 17 toneladas.
O motor elétrico terá até 130 quilômetros de autonomia. O valor do investimento ainda não foi revelado. Futuramente o grupo também pretende produzir ônibus elétricos.
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PRIMEIROS EMPLACAMENTOS
Os primeiros emplacamentos do ressurgimento da FNM aconteceram em abril de 2023. De acordo com o Blog do Caminhão, a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) reconheceu o registro desses veículos. Já são três modelos da marca: o 831, 832 e 833.
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QUAL É A RELAÇÃO DA FIAT COM A FNM?
A FNM surgiu em 1942, na cidade de Duque de Caxias, no estado do Rio de Janeiro. A empresa produziu motores aeronáuticos, mas sete anos depois se tornou a primeira montadora brasileira a produzir caminhões.
A Alfa Romeu, empresa italiana, comprou a FNM no Brasil, mas logo a Fiat comprou a montadora. Em 1985, a empresa tirou a marca brasileira de circulação e investiu em outras produções. As instalações da fábrica fluminense hoje pertencem à Marcopolo.