Ator de Cidade de Deus vive nas ruas após mais de 20 anos do sucesso do filme
Um dos maiores clássicos do cinema nacional é o filme Cidade de Deus. Premiado mundialmente, o longa projetou muitos atores para fama e é o filme estrangeiro mais visto fora dos Estados Unidos.
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Mas, engana-se quem pensa que todos os atores que fizeram parte do longa hoje estão bem de vida. Teve alguns artistas que não conseguiram mais papéis após a obra e acabaram enfrentando dificuldade financeira. Por exemplo, o caso de Neguinho que em Cidade de Deus fez parte de uma cena memorável.
“Porra, Dadinho, como é que tu chega assim na minha boca, meu amigo?”, disse Neguinho. “Dadinho é o caralho, meu nome agora é Zé Pequeno, porra!”, dizia o ator Leandro Firmino na pele do traficante. Quem não lembra dessa cena?
Assim, o ator concedeu uma entrevista ao jornal Extra e desabafou sobre sua situação: “Eu virei um morador de rua famoso, mas não rico, enquanto “Cidade de Deus” arrecadou milhões — sublinha Rubens, emendando: — Na época, ganhei um cachê de R$ 5 mil. Com a nota do contador, passou pra R$ 4,5 mil.
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TEVE INFÂNCIA DIFÍCIL
Ao falar sobre sua infância, que fugiu de casa aos 8 anos onde morava com a mãe e as três irmãs mais velhas:
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“Minha mãe, dona Zilma, era uma baita guerreira. Meu pai era alcoólatra, igual a mim. Quando ele sumia, ela vinha com a gente até a feira da Lapa e esperava o movimento acabar para pegar pelanca de frango”, disse Rubens Sabino da Silva.
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JÁ ROUBOU
Em junho de 2003, meses após o lançamento do filme, o ator roubou a bolsa de uma mulher dentro de um ônibus na Avenida Niemeyer, Zona Sul do Rio. No episódio, justificou o delito dizendo que estava sem comer há muito tempo:
“Cometi um crime e me arrependo muito. Eu era muito moleque, fiz essa idiotice. Quando o camarada tem a ficha limpa, pode fazer concurso público. Eu não posso mais”, disse o ator.
USO DE DROGAS
O ator já foi encontrado na cracolândia de São Paulo e falou sobre sua vida:
“Já usei drogas pelo Brasil inteiro, como qualquer morador de rua, mas consegui superar. Hoje, eu sou isso aqui, cigarro e cerveja”.
O ator então fala como vive sua vida hoje: “Eu ando por várias cidades do Rio, São Paulo, Minas, Sul do país. Vou pedindo esmola e que me paguem passagens. Às vezes, vou para lugares distantes, achando que ninguém vai me reconhecer. Eu não tenho casa, minha morada é o mundo. Ainda quero conhecer o Nordeste”.