Doença fatal: Morre estrela do Zorra Total após anos vivendo com diagnóstico sem cura e Globo está em LUTO

Brasil perde um dos seus maiores artistas e Globo faz comunicado em luto

Na noite dessa última sexta-feira, dia 26, o cenário artístico brasileiro recebeu uma de suas maiores perdas. O renomado ator, dublador e humorista José Santa Cruz, morreu aos 95 anos.

A informação foi confirmada pelo seu bisneto, o dublador Ivan Santa Cruz. O perfil oficial do artista também publicou uma mensagem com a palavra “luto”.

Santa Cruz, carinhosamente chamado de Santinha pelos colegas, enfrentava há anos uma doença sem cura que afeta, no Brasil, cerca de 250 mil pessoas, o Parkinson.

Nos últimos dias, o artista encontrava-se internado devido a uma complicação de saúde, a broncopneumonia, não resistindo.

José Santa Cruz deixa sua esposa, Ivane Maria Mendes Bastos, com quem compartilhou 72 anos de casamento, além de cinco netos e quatro bisnetos. O casal teve 3 filhos, que já faleceram.

Carreira brilhante e talento único: Das telas a dublagem

O legado de Santa Cruz é marcado por uma carreira brilhante na televisão brasileira. Ele ficou conhecido por diversos papéis, dos mais dramáticos aos humorísticos, além de ser uma referência na dublagem.

Dentre um dos principais personagens de Santa Cruz, temos o Jojoca, que surgiu no humorístico “A, E, I, O… Urca” em 1963, na extinta TV Tupi.

O personagem foi interpretado em diversas produções, como Beco Sem Saída (1963-1965), também na Tupi; em A Praça É Nossa, no SBT; no Zorra Total; e no Treme Treme (2015-2019), no Multishow.

Na TV Globo, Santa Cruz consolidou-se, participando de uma série de produções memoráveis, incluindo ‘Alô, Brasil!’, ‘Aquele Abraço’ e ‘Zé das Mulheres’ na década de 70, e ‘O Bem Amado’ e ‘A Festa É Nossa’ nos anos 80.

Entre 2002 e 2015, ele foi um dos destaques do elenco do ‘Zorra Total’, interpretando, além de Jojoca, personagens como Barbosa, Manoelito, Costado e Tesourinha. Seu papel mais recente na emissora foi na novela ‘Espelho da Vida’, em 2019.

Um artista completo, Santa Cruz também deixou um legado marcante como dublador, emprestando sua voz inconfundível a uma infinidade de personagens amados por brasileiros.

Ele ficou especialmente conhecido por ser a voz do pai da ‘Família Dinossauros’, cujo bordão “Querida, cheguei”, marcou a infância de muitos.

E não parou por aí! Ele também deu vida a personagens como Magneto nos filmes e desenhos dos X-Men, Rúbeo Hagrid na saga Harry Potter, J.Jameson nos filmes do Homem Aranha e muitos outros.

O velório de José Santa Cruz, o Santinha, será realizado neste sábado, dia 27, no Cemitério da Penitência, no Caju, zona portuária do Rio de Janeiro.

Comunicado da Globo

A Globo emitiu uma nota lamentando profundamente a partida de Santa Cruz, destacando sua contribuição para a televisão brasileira e trazendo reflexões do veterano em uma entrevista.

Na ocasião, que ocorreu no lançamento da série “Os Experientes”, em 2015, Santa Cruz compartilhou sua sabedoria e amor pela profissão.

“Eu sempre trabalhei no humor, e é importante fazer papéis mais sérios também. O comediante pode ser um dramático, de repente. E isso faz parte do ofício, um ator tem que ser completo. E eu amo o que faço, seja rir ou chorar”, disse ele.

Como José Santa Cruz entrou no mundo artístico?

José Santa Cruz deu início à sua carreira artística bem jovem, aos dezoito anos, quando teve a oportunidade de substituir um amigo em uma rádio.

Sua estreia na televisão ocorreu em 1960, durante a inauguração da TV Clube. Posteriormente, em 1963, ele se juntou à TV Tupi, onde começou a atuar como dublador.

Em 1971, José Santa Cruz iniciou sua carreira na Globo, consolidando-se como um dos maiores e mais completos artistas do cenário brasileiro, com seu talento que ia do drama ao humor, até as dublagens.